De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) as obras da Copa estão atrasadas e não serão concluídas em tempo. Governo contesta resultados.
Silval discorda de relatório do TCE

“O atraso das obras da Copa do Mundo de 2014, apontado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em relatório, não representa a realidade e aponta apenas uma visão de interpretação de um órgão”. A alegação foi uma resposta do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), que defende ainda que respeita a visão dos auditores, contudo, contesta os resultados.

O modo de contagem feito pelo Tribunal, segundo o chefe do Executivo, não corresponde ao realizado pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), que avalia os projetos como eles são entregues na capital - quase prontos - apenas para serem montados. A época em que o relatório foi elaborado, em dezembro do ano passado, também seria o motivo da discrepância da realidade.

“Recebi de forma tranquila o relatório porque cada um tem um entendimento sobre isso. O relatório foi feito naquele momento [dezembro de 2012], só que as nossas obras têm uma série de alterações e de execução e a realidade é diferente”, ponderou o chefe do Executivo.

O balanço desconsideraria ainda a cobertura da Arena Pantanal, que é toda fabricada em Ribeirão Preto (SP) e já tem 90% da sua estrutura metálica pronta.

“Quanto ao VLT, [o relatório] também não considera a evolução das obras porque não tinha nenhuma medição. Quando tudo isso é colocado no conjunto, você vê que estamos no prazo. Em um volume de mais de 156 obras dentro de Cuiabá e Várzea Grande sempre uma ou outra vai ter um atraso, mas um atraso que não vai atrapalhar em nada”, reiterou.

O TCE apontou ainda que pagamentos irregulares teriam sido feitos para as empresas Santa Bárbara e Mendes Júnior - que executam os trabalhos na Arena – com repasse de valores adiantados, desrespeitando o acórdão de execução. Contudo, Barbosa rebate que a cota paga ocorreu de forma legal, e que mais uma vez houve um erro de interpretação.

TCE – O órgão afirmou em relatório que os dados do andamento das obras da Copa estariam em desacordo e chegou a decretar que os números de evolução da Arena Pantanal foram inflados através de uma manobra ilegal. Ainda contando com os valores adiantados referentes a essas estruturas, menos de 46% das construções estão concluídas, ao contrário dos 62% anunciados pelo governo.