Ex-juiz é acusado de masturbar-se em julgamentos

Em um processo que deixou estupefatos os habitantes de Bristow (Oklahoma), em pleno coração dos EUA, o juiz afastado Donald Thompson terá que se defender de quatro acusações de exibicionismo, que podem significar dez anos de prisão cada uma e a perda de sua pensão mensal de US$ 7.489.

A conduta "inconveniente" do ex-juiz durante seus julgamentos em Bristow pode incluir mais de 15 masturbações com uma bomba de alargamento de pênis, segundo os argumentos da acusação no processo sofrido pelo ex-magistrado.

Segundo a imprensa local, Thompson, de 59 anos, declarou, em seu testemunho diante do júri, na terça-feira passada, que a bomba era uma piada que um amigo tinha dado de presente e que talvez a tenha acionado de forma inconsciente em alguma ocasião.

A relatora do tribunal de Thompson, Lisa Foster, afirmou que escutava quando o juiz acionava a bomba durante os julgamentos e um policial chegou, inclusive, a fotografar o objeto. Foster disse que tinha escutado um barulho estranho e se deu conta que vinha do lugar onde o juiz estava.

A relatora afirmou que viu Thompson se exibir de maneira indecente pelo menos 15 vezes, entre 2001 e 2003. Ela disse que escutou, durante um julgamento em 2002, o barulho da bomba de sucção enquanto um homem, muito emocionado, testemunhava no julgamento pelo assassinato de seu neto.

"O avô estava com os olhos molhados e o juiz estava aí em cima, acionando a bomba. Foi nojento", afirmou. Os momentos escabrosos se misturaram, ao longo do julgamento, com outros de riso nervoso por parte do júri, como quando um homem que tinha sido jurado em um julgamento com Thompson declarou que tinha ouvido o aparelho, embora não o tivesse visto.

Quando os fiscais perguntaram como sabia que o barulho era de uma bomba de alargamento de pênis, ele argumentou ter visto esses objetos em filmes como Austin Powers. A intervenção do urologista Edward Dakil provocou as maiores gargalhadas, quando ele justificou o uso deste tipo de bombas frente ao advogado de defesa, que alegava que é um tratamento obsoleto para a disfunção erétil. "Eu ainda os uso", declarou Dakil. "O senhor, pessoalmente?", perguntou o advogado. "Não! Recomendo como urologista", respondeu.