TRF concede HC a 2 sanguessugas
Os que continuam presos são considerados peças chaves do esquema. Trata-se do dono da Planam, o empresário Darci José Vedoin, considerado o líder da organização e que continua internado com crise hipertensa no hospital São Mateus, o filho dele, Luiz Antônio Trevisan Vedoin, o genro de Darci, Ivo Marcelo Spínola da Rosa e Ronildo Pereira Medeiros (ver quadro).
Vão responder ao processo em liberdade Adarildes Maria de Moraes Costa e Rodrigo Medeiros de Freitas. Adarildes Costa era a única assessora parlamentar que não havia conseguido a liberdade. Ela estava entre os 11 assessores parlamentares que foram detidos. Adarildes assessorava o deputado Pastor Pedro Ribeiro (CE) e é acusada de receber propinas da família Trevisan-Vedoin para favorecer o grupo criminoso no direcionamento de recursos oriundos de emendas parlamentares.
Rodrigo Medeiros de Freitas, que também conseguiu a liberdade, é sobrinho de Ronildo Pereira de Medeiros, que continua preso e é apontado como um dos principais membros do esquema. Rodrigo, segundo as investigações da Polícia Federal, fazia contato com parlamentares e assessores. Elaborava projetos para a Planam, fazia contato com os Ministérios e utilizava sua conta para movimentar os valores das atividades ilícitas e pagar propina.
A 3ª Turma do TRF afirmou que os réus já foram ouvidos, as buscas e apreensões já findadas, e que a situação atual em que se encontram torna improvável que continuem com a prática dos atos delituosos.
Presos - A defesa dos três membros da família Trevisan-Vedoin, Darci, Luiz Antônio e Ivo, tenta vários recursos tanto no TRF, como na Justiça Federal, para colocar os clientes em liberdade. O advogado Eduardo Mahon já impetrou diversos HC no TRF, pedindo a liberdade dos réus, questionando o desmembramento feito nos processos e a competência da Justiça Federal de Mato Grosso para julgar e processar os acusados de participarem das fraudes deflagradas com a operação "Sanguessuga". O TRF já negou HC aos três acusados. Darci possui outros quatro recursos aguardando julgamento. Ontem, o advogado Eduardo Mahon ainda protocolou um pedido de liminar no último HC apresentado (28/06) em nome do empresário.
O advogado de Ronildo, Otto Medeiros, também recorreu ao TRF, 1ª Região. O HC foi impetrado no dia 13 deste mês e ainda não há resposta.
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