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OMS vê risco "alto" de gripe aviária transmissível entr humano
O risco de que o vírus da gripe aviária evolua para se tornar facilmente transmissível entre pessoas continua alto, e pode haver um aumento de infecções humanas no final do ano, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na sexta-feira.
Em um relatório que analisa mais de 200 casos conhecidos da gripe aviária, a agência da ONU identificou três picos nas infecções humanas desde 2003, todos concentrados no inverno e primavera do Hemisfério Norte.
"Se esse padrão continuar, um aumento dos casos pode ser previsto a partir do final de 2006 ou começo de 2007", disse a OMS, acrescentando que é preciso fazer mais análises.
"Além disso, a ampla difusão do vírus H5N1 em aves de criação e a contínua exposição dos humanos sugerem que o risco da evolução do vírus para (se tornar) um agente mais transmissível entre humanos continua alto."
Até agora, a transmissão do vírus se dá pelo contato com aves doentes. Não há risco aparente no consumo de carne cozida de aves.
A OMS estudou casos humanos surgidos entre dezembro de 2003 e abril de 2006, período em que 203 pessoas adoeceram, das quais 113 morreram. A conclusão é que crianças e jovens adultos morrem mais quando expostos ao vírus.
Esse padrão de infecções é uma "reminiscência" da pandemia da gripe espanhola (1918-19), que matou entre 40 e 50 milhões de pessoas no mundo, principalmente jovens.
Entre os casos confirmados da gripe aviária há pessoas de três meses a 75 anos. Mas a maior proporção se concentra na faixa etária dos 10 aos 29 anos, em que 73 por cento dos pacientes morrem.
Em média, a internação acontece quatro dias após os primeiros sintomas. Mais de metade dos pacientes morreram nos primeiros cinco dias de internação, segundo o estudo. Pessoas com mais de 50 anos têm a menor taxa de mortalidade.
"As diferenças na distribuição casos-mortalidade relacionadas à idade entre os casos do H5N1 são semelhantes às observadas durante pandemias anteriores de gripe, particularmente em 1918, quando as taxas casos-mortalidade eram muito maiores entre jovens adultos", diz o relatório.
Fred Hayden, médico do programa contra gripe da OMS, disse que aparentemente o vírus tem "resistência ambiental" para sobreviver ao frio, o que eleva a concentração de casos no inverno.
Hayden disse à Reuters que é importante levar a sério a ameaça da gripe aviária em todas as faixas etárias.
"Certamente a mortalidade é alta em todos os grupos. Mesmo a taxa casos-mortalidade para 50 anos ou mais, que é a menor, ainda é de 18 por cento, o que é enorme. Mas é ainda maior entre adolescentes e jovens adultos."
Na opinião dele, é importante que s autoridades nacionais e a ONU compartilhem mais informações sobre a doença. "Há muita informação neste documento, é um sumário importante do que aprendemos até agora. Mas muita coisa não pôde ser tratada, porque a informação não está completa", disse. "Um objetivo é ser mais sistemático na captura de informações conforme avançamos e há vários esforços em andamento."
Em um relatório que analisa mais de 200 casos conhecidos da gripe aviária, a agência da ONU identificou três picos nas infecções humanas desde 2003, todos concentrados no inverno e primavera do Hemisfério Norte.
"Se esse padrão continuar, um aumento dos casos pode ser previsto a partir do final de 2006 ou começo de 2007", disse a OMS, acrescentando que é preciso fazer mais análises.
"Além disso, a ampla difusão do vírus H5N1 em aves de criação e a contínua exposição dos humanos sugerem que o risco da evolução do vírus para (se tornar) um agente mais transmissível entre humanos continua alto."
Até agora, a transmissão do vírus se dá pelo contato com aves doentes. Não há risco aparente no consumo de carne cozida de aves.
A OMS estudou casos humanos surgidos entre dezembro de 2003 e abril de 2006, período em que 203 pessoas adoeceram, das quais 113 morreram. A conclusão é que crianças e jovens adultos morrem mais quando expostos ao vírus.
Esse padrão de infecções é uma "reminiscência" da pandemia da gripe espanhola (1918-19), que matou entre 40 e 50 milhões de pessoas no mundo, principalmente jovens.
Entre os casos confirmados da gripe aviária há pessoas de três meses a 75 anos. Mas a maior proporção se concentra na faixa etária dos 10 aos 29 anos, em que 73 por cento dos pacientes morrem.
Em média, a internação acontece quatro dias após os primeiros sintomas. Mais de metade dos pacientes morreram nos primeiros cinco dias de internação, segundo o estudo. Pessoas com mais de 50 anos têm a menor taxa de mortalidade.
"As diferenças na distribuição casos-mortalidade relacionadas à idade entre os casos do H5N1 são semelhantes às observadas durante pandemias anteriores de gripe, particularmente em 1918, quando as taxas casos-mortalidade eram muito maiores entre jovens adultos", diz o relatório.
Fred Hayden, médico do programa contra gripe da OMS, disse que aparentemente o vírus tem "resistência ambiental" para sobreviver ao frio, o que eleva a concentração de casos no inverno.
Hayden disse à Reuters que é importante levar a sério a ameaça da gripe aviária em todas as faixas etárias.
"Certamente a mortalidade é alta em todos os grupos. Mesmo a taxa casos-mortalidade para 50 anos ou mais, que é a menor, ainda é de 18 por cento, o que é enorme. Mas é ainda maior entre adolescentes e jovens adultos."
Na opinião dele, é importante que s autoridades nacionais e a ONU compartilhem mais informações sobre a doença. "Há muita informação neste documento, é um sumário importante do que aprendemos até agora. Mas muita coisa não pôde ser tratada, porque a informação não está completa", disse. "Um objetivo é ser mais sistemático na captura de informações conforme avançamos e há vários esforços em andamento."
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/291537/visualizar/
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