O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira o Portal Saúde do Cidadão, por meio do qual pacientes poderão disponibilizar pela internet histórico de doenças, internações, cirurgias, exames, uso de medicamentos, procedimentos de alta complexidade para o acesso de médicos pelos quais estejam sendo acompanhados.
De acordo com o ministro Alexandre Padilha, o portal será uma ferramenta para melhorar o acompanhamento de fluxo do tratamento e do risco de cada paciente, desde o ingresso na unidade básica de saúde. Além disso, vai agilizar o tempo de espera para atendimento, informatizar as consultas, otimizar o uso dos recursos financeiros e flexibilizar o atendimento de acordo com o perfil dos diferentes municípios.
"Isso pode ajudar quando uma pessoa for atendida em um serviço de urgência, por exemplo. Se ele tiver as informações no portal, o profissional pode acessá-las e, com isso, cuidar melhor dessa pessoa. Isso permite também o acesso a todos os registros de consultas, cirurgias, entre outros, que estejam em nome dela", disse.
O paciente poderá definir por quanto tempo, quais informações e quais médicos poderão ter acesso aos dados armazenados na página. Por meio do portal, também será possível a troca de e-mails entre médicos e pacientes. Caso a pessoa permita o acesso livre a seus arquivos, outros especialistas poderão, eventualmente, entrar em contato com o paciente com informações adicionais.
Para ter acesso a esse sistema, o paciente deverá estar cadastrado no Sistema Cartão Nacional de Saúde (Cadsus Web), ter o número do cartão em mãos e registrar uma senha de acesso no portal. Para isso, é preciso um e-mail válido e atualizado. Caso a pessoa ainda não tenha o cartão, é possível fazer um pré-cadastro pela internet. Na página, ainda estarão disponíveis dados sobre a rede do SUS, como locais de unidades de atendimento, informações sobre farmácias populares e medicamentos.
O ministério lançou hoje também o software E-SUS, para o uso dos profissionais de saúde nas unidades básicas. Por meio desse programa, que está sendo testado em dez municípios brasileiros e estará disponível a todos a partir de março deste ano, será possível fazer prontuários eletrônicos, armazenar e acessar dados sobre os pacientes e sobre a rede de saúde.
O programa pode ser usado em notebooks, tablets e celulares com plataforma mobile. O software poderá ser usado em versões online e offline - em municípios onde as unidades de saúde ainda não estão conetadas à internet. Nesses locais onde não há rede disponível, o Ministério das Cidades irá custear a conexão a cerca de 14 mil unidades básicas que aderiram ao Plano Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade.
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