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Internacional
Sexta - 30 de Junho de 2006 às 20:30

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Os Estados Unidos expressaram seu apoio à Guatemala como candidata a um assento não-permanente no Conselho de Segurança, decisão que será tomada pela Assembléia Geral em outubro.

O embaixador americano perante a ONU, John Bolton, disse à imprensa que os EUA "trabalham por um candidato mais produtivo, neste caso a Guatemala".

Bolton lembrou que quando Cuba fez parte do Conselho de Segurança, no biênio 1990-1991, "sua atuação foi pouco efetiva e cooperativa", em um momento de grandes debates no principal órgão de decisão da ONU.

"Não esperamos que os países no Conselho atuem com unanimidade, mas há uma diferença entre discussões construtivas e comportamentos destrutivos, e com base nestes fundamentos achamos que a Venezuela não é o candidato apropriado", declarou Bolton.

O embaixador afirmou que os EUA "não têm nenhum problema com o povo da Venezuela", mas se opõem à forma como o presidente Hugo Chávez governa.

Entre os argumentos que Bolton expôs para apoiar a candidatura da Guatemala, destacou o fato de que a nação centro-americana seja "uma democracia emergente, que passou por tempos difíceis, mas que é um país sincero e com uma diplomacia muito ativa".

Bolton também alegou que até agora a América Central não foi o suficientemente representada nos assuntos do Conselho de Segurança, já que nos últimos anos outras candidaturas de países da região foram derrotadas.

"Há muitas razões para defender a Guatemala", assegurou Bolton, que pediu aos Estados-membros da ONU que reflitam antes de dar seu apoio a um dos dois países candidatos para representar o grupo regional da América Latina e do Caribe no Conselho de Segurança.

Os 192 países da Assembléia Geral decidirão através de uma votação em outubro que países ocuparão os dez assentos não-permanentes do Conselho para o biênio 2007-2008. Os outros cinco membros do Conselho são permanentes - EUA, Reino Unido, França, China e Rússia - e contam com o privilégio do veto.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou na quinta-feira que a aspiração de seu país ao Conselho de Segurança é um "desafio ao imperialismo" dos EUA.

"Os Estados Unidos dizem que a Venezuela não irá ao Conselho de Segurança e nós dizemos que a Venezuela irá ao Conselho de Segurança, aceitamos o desafio e iniciamos a batalha no mundo", afirmou.

Os países do grupo regional da América Latina e do Caribe estão divididos sobre qual país da região apoiarão. Enquanto que Argentina e Brasil expressaram seu apoio à Venezuela, Colômbia e os países centro-americanos manifestaram seu respaldo à Guatemala.





Fonte: EFE

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