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União Africana debaterá crises continentais em cúpula em Gâmbia
Dezenas de líderes africanos participarão da cúpula da União Africana (UA) que começa no sábado em Banjul para debater questões relacionadas com a situação na região sudanesa de Darfur, Somália, Costa do Marfim e o caso do ex-presidente chadiano Hissène Habré.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o governante iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, também participarão do encontro como convidados do anfitrião gambiano, Yahya Jammeh, e o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan.
A reunião de ministros de Exteriores dos países participantes, preparatória da cúpula, encerrou seus trabalhos na quinta-feira à noite sem divulgar suas conclusões em todas as questões que estão na agenda, entre elas a do ex-presidente do Chade, Hissène Habré.
Habré é acusado de crimes contra a humanidade e foi reclamado ao Senegal, onde está exilado desde 1990, por um tribunal belga de competência internacional que pretende julgá-lo.
Uma comissão jurídica africana formada para se pronunciar sobre o caso também terminou seus debates e deve submeter suas conclusões aos chefes de Estado.
Segundo fontes próximas à reunião ministerial, o caso de Habré será analisado diretamente pelos governantes que, salvo mudanças de último momento, adotarão as recomendações da comissão de juristas.
Outras versões indicam que a comissão não se mostrou favorável à extradição de Habré para a Bélgica e recomenda que o ex-governante chadiano seja julgado em um país africano, de preferência no Senegal, onde mora atualmente.
A esse respeito, a comissão sugere que a Justiça senegalesa, que se tinha declarado incompetente para processar Habré, faça as mudanças necessárias em seu sistema para tornar possível o julgamento exigido por suas vítimas e várias organizações de defesa dos direitos humanos.
A situação na região sudanesa de Darfur também está na agenda da cúpula de Banjul e, diante da rejeição das autoridades de Cartum em permitir a chegada de uma força de paz da ONU, os líderes africanos poderiam adiar até setembro a mobilização das forças da UA.
A cúpula se pronunciará também sobre a situação na Somália, onde desde o início do ano ocorreram confrontos entre grupos islâmicos fundamentalistas e as milícias dos líderes tradicionais dos clãs tribais do país, apoiados, aparentemente, pelos Estados Unidos.
No que se refere à situação na Costa do Marfim, os dirigentes africanos analisarão a evolução do processo de paz que prevê a convocação de eleições presidenciais para 31 de outubro. Um dos candidatos é o atual governante do país, Laurent Gbagbo, um dos primeiros a chegar a Banjul.
A criação de um centro africano para a emigração, proposta por Mali, também será analisada pelos líderes reunidos na capital de Gâmbia.
Chávez e Ahmadinejad devem propor em seus discursos um novo impulso à cooperação sul-sul, o que não descarta, segundo alguns comentaristas, a busca do apoio africano para a Venezuela e ao Irã em suas conflituosas relações com os Estados Unidos.
Outros que buscam o apoio da África são os candidatos à sucessão de Kofi Annan, cujo mandato como secretário-geral da ONU termina em 2007.
O candidato indiano Sashi Tharoor e o tailandês Syrakirart Satherathal alternam coletivas de imprensa e contatos com as delegações, nas quais expõem sua capacidade de substituir Annan e oferecem garantias suficientes de que darão prioridade aos interesses do continente africano se forem eleitos.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o governante iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, também participarão do encontro como convidados do anfitrião gambiano, Yahya Jammeh, e o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan.
A reunião de ministros de Exteriores dos países participantes, preparatória da cúpula, encerrou seus trabalhos na quinta-feira à noite sem divulgar suas conclusões em todas as questões que estão na agenda, entre elas a do ex-presidente do Chade, Hissène Habré.
Habré é acusado de crimes contra a humanidade e foi reclamado ao Senegal, onde está exilado desde 1990, por um tribunal belga de competência internacional que pretende julgá-lo.
Uma comissão jurídica africana formada para se pronunciar sobre o caso também terminou seus debates e deve submeter suas conclusões aos chefes de Estado.
Segundo fontes próximas à reunião ministerial, o caso de Habré será analisado diretamente pelos governantes que, salvo mudanças de último momento, adotarão as recomendações da comissão de juristas.
Outras versões indicam que a comissão não se mostrou favorável à extradição de Habré para a Bélgica e recomenda que o ex-governante chadiano seja julgado em um país africano, de preferência no Senegal, onde mora atualmente.
A esse respeito, a comissão sugere que a Justiça senegalesa, que se tinha declarado incompetente para processar Habré, faça as mudanças necessárias em seu sistema para tornar possível o julgamento exigido por suas vítimas e várias organizações de defesa dos direitos humanos.
A situação na região sudanesa de Darfur também está na agenda da cúpula de Banjul e, diante da rejeição das autoridades de Cartum em permitir a chegada de uma força de paz da ONU, os líderes africanos poderiam adiar até setembro a mobilização das forças da UA.
A cúpula se pronunciará também sobre a situação na Somália, onde desde o início do ano ocorreram confrontos entre grupos islâmicos fundamentalistas e as milícias dos líderes tradicionais dos clãs tribais do país, apoiados, aparentemente, pelos Estados Unidos.
No que se refere à situação na Costa do Marfim, os dirigentes africanos analisarão a evolução do processo de paz que prevê a convocação de eleições presidenciais para 31 de outubro. Um dos candidatos é o atual governante do país, Laurent Gbagbo, um dos primeiros a chegar a Banjul.
A criação de um centro africano para a emigração, proposta por Mali, também será analisada pelos líderes reunidos na capital de Gâmbia.
Chávez e Ahmadinejad devem propor em seus discursos um novo impulso à cooperação sul-sul, o que não descarta, segundo alguns comentaristas, a busca do apoio africano para a Venezuela e ao Irã em suas conflituosas relações com os Estados Unidos.
Outros que buscam o apoio da África são os candidatos à sucessão de Kofi Annan, cujo mandato como secretário-geral da ONU termina em 2007.
O candidato indiano Sashi Tharoor e o tailandês Syrakirart Satherathal alternam coletivas de imprensa e contatos com as delegações, nas quais expõem sua capacidade de substituir Annan e oferecem garantias suficientes de que darão prioridade aos interesses do continente africano se forem eleitos.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/291581/visualizar/
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