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Nacional
Sexta - 30 de Junho de 2006 às 11:57

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Suzane von Richthofen, assassina confessa dos pais, o casal Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, se apresentou espontaneamente nesta noite ao Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior paulista. Em decisão apresentada na tarde desta quinta-feira, o juiz Alberto Anderson Filho, presidente do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, acatou pedido dos advogados de defesa para que a jovem se apresentasse ao local.

Suzane teria se apresentado às 19h desta quinta-feira no plantão policial de Rio Claro, acompanhada do advogado Denivaldo Barni. De acordo com a polícia local, foi solicitado que ela realizasse um exame de corpo de delito. Em seguida, Suzane foi levada para o Centro de Ressocialização de Rio Claro.

Segundo o advogado Mauro Otávio Nacif, Suzane saiu da cidade de São Paulo às 18h40 e apresentou-se no Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro. Nacif também informou que vai impetrar um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão.

Nacif disse que Suzane, ao saber da decisão, chorou e classificou a ordem como injustiça. Nacif contou que Suzane repetia que não havia feito nada errado para voltar à cadeia.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo não confirma se foi notificada sobre a decisão. De acordo com sua assessoria de imprensa, o orgão só pode se pronunciar a partir do momento em que Suzane estiver nas dependências do CR de Rio Claro.

Sobre o pedido da defesa de Suzane, que quer que a estudante seja julgada separadamente dos irmãos Cravinhos, o juiz Alberto Anderson decidiu que o desmembramento só poderá acontecer durante o sorteio dos jurados, no dia 17 de julho, no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

Nesta tarde, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela cassação da liminar que havia beneficiado Suzane com a prisão domiciliar. O STJ ainda decidiu que a fita com a gravação da conversa da jovem e seu advogado, durante entrevista ao programa Fantástico da Rede Globo, deve ser completamente retirada do processo.

Suzane estava em prisão domiciliar desde o dia 29. A jovem morava em um apartamento no bairro da Liberdade, região central de São Paulo, e, na última terça-feira, foi autorizada a mudar de endereço devido a pressões que vinha sofrendo dos vizinhos. Anteriormente, ela estava no escritório do ex-tutor Denivaldo Barni, em um prédio comercial na Vila Mariana.

Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, que também confessaram participação no crime, continuam presos no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros. Daniel e Suzane namoravam na época em que o crime ocorreu. O julgamento dos três está marcado para o próximo dia 17 de julho. O júri, que deveria ter ocorrido no último dia 5, foi adiado devido a manobras dos advogados.





Fonte: Terra

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