Travesti vai preso por furtar cartela de chiclete no mercado
Naomi alegou ser “viciado” em chicletes. Como estava sem dinheiro, acabou praticando o furto. Atingido por um tiro no pescoço há nove anos, ele tem dificuldades em se locomover - está aposentado pelo INSS recebendo um salário mínimo mensal.
O delegado plantonista o autuou em flagrante porque entendeu que o valor do produto furtado é classificado de “significante”. Caso o volume de chicletes fosse menor, ele seria liberado. Para complicar, o travesti estava sem documentos e não conseguiu fornecer o nome completo. Os policiais desconfiaram, pois é uma tática usada por presos que possuem antecedentes.
Naomi mora no bairro Dom Aquino e nunca foi preso. Em 1998, foi atingido por um tiro no pescoço. Desde então, não pôde mais trabalhar como travesti. Ele deveria ser encaminhado ontem mesmo para a Cadeia Pública do Carumbé. Como se trata de um crime classificado de “menor poder ofensivo”, ele poderá ser liberado na primeira audiência processual.
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