Justiça nega revogação de prisão do cabo PM Conan
O promotor criminal que atua na Vara, João Augusto Veras Gadelha, em seu parecer quanto ao pedido de revogação, citou que a gravidade do caso e a liberdade do chefe da operação que culminou com a morte do rapaz "deixaria na sociedade o senso de impunidade".
A defesa do cabo argumentava que os dois soldados que também participaram da ação policial, Alvino Souza Alencar Júnior e Maçone Barroso Rodrigues, já se encontram em liberdade. Ambos assistiram ao crime e ajudaram a elaborar um falso boletim de ocorrência no intuito de justificar a morte do desempregado, mas foram libertados no começo do mês. Cerca de 24 horas após a morte de Jaciel, confessaram que o cabo havia feito os disparos contra a vítima.
No mesmo despacho a juíza da 12ª Vara concordou com a restituição de uma escopeta calibre 12 e de uma pistola ponto 40 ao comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar, coronel Luiz Cláudio Monteiro. As duas armas, pertencentes à corporação, foram apreendidas na fase de inquérito policial. A escopeta foi usada pelo cabo Conan para atirar contra Jaciel quando ele se encontrava algemado dentro da viatura da PM, conforme atestam os laudos de balística realizados pela Perícia Criminal.
Histórico - Jaciel foi preso no bairro Pedra 90, algemado, e colocado no camburão (porta malas) de uma viatura. De lá, os três policiais seguiram com ele até uma estrada deserta da região. Lá, o cabo Conan desceu do carro e disparou à queima-roupa duas vezes contra Jaciel usando a escopeta da PM. Em seguida metralhou o carro para forjar um atentado que "explicaria" a morte do rapaz.
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