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Economia
Sexta - 30 de Junho de 2006 às 07:07

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A VarigLog entregou à Justiça os esclarecimentos a respeito da oferta de US$ 485 milhões para a compra de Varig. Segundo o advogado da ex-subsidiária de transporte de cargas da companhia aérea, Leonardo Viveiros, todos os detalhes da oferta foram apresentados e a convocação de uma assembléia de credores depende agora da Justiça.

“Conceitualmente, está tudo esclarecido. Do nosso ponto de vista, já há, se for o caso, condições de os juizes convocarem uma nova assembléia”, afirmou.

Segundo o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a assembléia de credores tem que ser convocada antes de a proposta ser levada a um eventual novo leilão de venda da companhia.

O promotor que acompanha o processo de recuperação judicial da companhia aérea, Gustavo Lunz, afirmou que deve encaminhar um parecer à Justiça amanhã.

A Justiça do Rio confirmou o recebimento dos esclarecimentos e encaminhou os documentos para o Ministério Público Estadual e para o administrador judicial -- a consultoria Deloitte --, que vão apresentar pareceres sobre a viabilidade da oferta.

Um dos pontos que a VarigLog precisa esclarecer para a Justiça é como fica a antiga Varig, que concentra dívidas em torno de US$ 8 bilhões, já que a proposta da ex-subsidiária prevê somente investimentos na nova companhia.

Os recursos da oferta apresentada (US$ 485 milhões) seriam injetados no saneamento da companhia aérea e permitiriam a continuidade de seus vôos, mas não iriam para os credores.

O juiz Ayoub avalia os detalhes da oferta para evitar a convocação de um novo leilão de venda da Varig que também fracasse. No último dia 8, o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) ofereceu R$ 1,01 bilhão pela companhia aérea, mas não fez o pagamento da primeira parcela, o que levou a Justiça a invalidar o leilão de venda.

Além disso, a Justiça informou estar preocupada com a preservação dos postos de trabalho da Varig.

A VarigLog apresentou há cerca de dois meses uma proposta de compra da Varig que previa a injeção de US$ 400 milhões em troca de 95% das ações da empresa.

A oferta foi rejeitada devido a temores de demissão em massa e também porque, assim como agora, os credores não quiseram ficar com apenas 5% das ações.

Segundo a própria Justiça, entretanto, não há outros interessados pela compra da Varig. Além disso, a VarigLog já mostrou ter recursos para injetar na empresa aérea.





Fonte: Folhapress

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