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Economia
Quinta - 29 de Junho de 2006 às 17:21

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A abertura e a competitividade da economia brasileira têm melhorado continuamente, com o forte crescimento das exportações. O Brasil, assim como a China e a Índia, é um dos principais destinos dos investimentos estrangeiros entre os países emergentes, sendo a indústria de saúde responsável por cerca de 5% do PIB brasileiro. Segundo estudo da Frost & Sullivan, empresa internacional de consultoria e inteligência de mercado, neste ano, a indústria de saúde deverá registrar uma receita global de US$ 650 bilhões, sendo 26% provenientes da América Latina.

De acordo com a análise, o setor farmacêutico no Brasil é considerado o décimo maior mercado do mundo e o segundo maior da América Latina, atrás do México. Entre as indústrias farmacêuticas, 80% são nacionais. O estudo aponta ainda que o controle de preços e a implantação de programas sociais, tanto federais como estaduais, que permitem o acesso do consumidor de baixa renda aos medicamentos, são fatores que impulsionarão as vendas desse segmento.

Do total da receita, 6,5% são representados pelos genéricos, com previsão de crescimento nas vendas de 30% em 2007, segundo a Frost & Sullivan. "Outro fator importante é o crescimento da população idosa no mundo, que viabiliza o aumento do consumo de medicamentos. Com base no estudo, apenas no Brasil espera-se um crescimento anual de 13% no consumo de fármacos", diz Kumar Ramesh, analista responsável pelo estudo. Entre as exportações, o principal mercado do Brasil são os países do Mercosul, com destaque para a Argentina.

Outro segmento que promete se destacar é o de aparelhos e equipamentos médicos, sendo o brasileiro o maior da América do Sul. Tradicionalmente, o Japão, a Alemanha e os Estados Unidos têm sido os principais fornecedores de equipamentos médico-hospitalares do Brasil. De acordo com pesquisa da Frost & Sullivan, as áreas mais promissoras são as de equipamentos para laboratórios, aparelhos de imagem para diagnósticos e equipamentos cardiológicos, mas Ramesh adverte que a burocracia do país pode afetar muito as importações e exportações desses produtos. "O comércio exterior no Brasil é afetado pelas constantes greves da polícia federal e por agentes da Anvisa. Além disso, o país ainda é sensível aos acontecimentos dos Estados Unidos", observa o analista.

No Brasil, os setores de equipamentos médico-hospitalares e farmacêutico correspondem a US$ 6,13 bilhões da receita gerada pela indústria de saúde nacional, sendo 55% dos investimentos realizados pelo setor público. Já o segmento de serviços hospitalares é responsável por uma receita anual de US$ 5 bilhões. Entre os serviços oferecidos por esse setor da saúde, o atendimento domiciliar está se tornando uma tendência no país, mostrando-se uma alternativa para a redução dos custos no setor.

Mas não é só o crescimento no comércio de produtos e serviços que impulsionarão a indústria de saúde. Assim como outras áreas, a saúde também depende da evolução tecnológica para avançar. "Ela acompanha o ritmo de crescimento da Tecnologia da Informação. A adoção de novos computadores e softwares, o comércio eletrônico e a internet também impulsionam a indústria de saúde", finaliza Ramesh.





Fonte: Olhar Direto

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