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Terça - 05 de Fevereiro de 2013 às 14:24
Por: Edivaldo de Sá

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O município de Nortelândia, completa nesta terça-feira (05.02), mais um ano de emancipação político administrativa, com resultados animadores do ponto de vista administrativo e econômico, após anos de estagnação e população desmotivada. O declínio foi ocasionado pela ausência de uma política de crescimento governamental, que primasse pela valorização imobiliária e devolução da autoestima dos moradores, situações vividas desde a sua fundação até a década de 90, com o fim da extração mineral, principal atividade econômica desenvolvida na cidade.

O município de Nortelândia foi criado em 16 de Dezembro de 1953, e emancipado em 05 de Fevereiro de 1954, e de lá pra cá, a comunidade experimentou várias fases, desde o crescimento populacional e a forte economia por conta do garimpo de diamantes até o êxodo urbano e fim da principal fonte de renda de milhares de famílias.
 
A cidade vive um novo momento na sua história desde 2009 quando o atual governo municipal deu inicio a uma política arrojada de transformação da economia através de projetos agroindustriais que são tocados por uma cooperativa criada com incentivo do executivo, e hoje representa uma ferramenta importante nesta nova visão de governo. Nasceram negócios que impulsionaram a economia rural como o leite pasteurizado e o frango Coopermisa, e outros ainda serão criados com a instalação da fábrica de doces, do mini laticínio, da fabrica de ração, e etc. O meio rural nunca foi tão assistido como nestes três anos de administração, ao receberem tratores, técnicos, e profissionais como médico veterinário e engenheiro agrônomo para orientar as atividades econômicas nas propriedades rurais, além de estradas em ótimas condições de tráfego.

A economia foi impulsionada com a abertura de novos postos de trabalho através do balcão de empregos que inseriu no mercado regional mais de 300 pessoas, sem contar homens e mulheres que atuam nos projetos Japuíra (IS MARY JEANS), João de Barro, e Sementeia, por exemplo.

A questão estrutural da cidade também não foi deixada de lado e obras essenciais foram feitas para mudar o aspecto do município, que recebeu novas casas populares, ruas asfaltadas, novas praças, prédios públicos recuperados, áreas de lazer como o campo de futebol socyte no Bairro Joaquim da Silva e a Quadra Gazim no Bairro Bandeirantes, entre várias outras.

Na saúde foram adquiridas novas ambulâncias e veículo para transporte de pacientes que fazem tratamento em outras cidades, criado programa de saúde bucal e serviço odontológico noturno, e ainda o aumento dos itens de remédios disponíveis na farmácia básica.

Enfim, a cidade avançou significativamente neste período e a população ganhou com a melhoria na prestação dos serviços públicos, principalmente na área econômica. A valorização dos imóveis é uma prova da transformação ocorrida na cidade nestes pouco mais de quatro anos, em que os proprietários investem na melhoria de seu imóveis.

(Foto: Edivaldo de Sá/RN)
O setor turístico avançou e hoje é uma das principais fontes de renda do comércio local, com diversos eventos ao longo dos anos recebendo incentivo da gestão, como o Festival de Praia, Reveillon, Forró na Praça e Carnaval de Praia, entre outros.

 História do município de Nortelândia

Na tentativa de se restabeleceram os primórdios dos Municípios do Norte Matogrossense, é forçado retroceder com o estudo até os tempos da descoberta da cédula mater da civilização do Oeste-Cuiabá.

As levas que partiram de Cuiabá para todos os quadrantes, dominando por igual o índio ea natureza, que se rivalizavam em ferocidade exterminadora, escreveram páginas de heroísmo que se lhes poderia atribuir a beleza do horrível.  O ouro e o diamante eram os vigorosos estímulos que os impulsionavam à procura de novas manchas: tão logo, os minérios preciosos escasseavam nas catas superficiais, por inperícia ou deficiência de meios apropriados. Dessa fase, iniciada em 1931 são as descobertas de Sant’Ana da Chapada, Sararé, Galera e Arinos.

Conta-se que Antônio Pinheiro de Faria, sertanista ousado, ter-se-ia descoberto ouro nas cabeceiras do Arinos, e para lá, enviou Antônio Almeida Falcão, os seus filhos Paschoal e José, que, de Mato Grosso, procuraram o Jaurú, pelo qual rodaram até sua barra, transmontando, em seguida, o Paraguai. Possivelmente essa penetração, ocorrida em 1745, pisou por primeiro as terras do atual Município de Nortelândia, sem que,  entretanto, lhe entremostrassem as gemas preciosas, que foram descobrir bem mais ao norte, no Arraial de Santa Isabel.

 Em 1747, Antônio Pinto de Azevedo,  igualmente palmilhou essa mesma região, um pouco ao Sul, onde, erigiu o Arraial de Nossa Senhora do Parto, próximo à atual Cidade de Diamantino. Mais uma vez se esconderam aos bandeirantes as minas de Nortelândia, fato que se  repetiria por muitos anos. Com a abertura da exploração das minas diamantíferas que se achavam interditadas, descobriram a de São Joaquim, no Rio Sant ‘Ana, franqueada ao público em 1815, esta, já na região de Nortelândia.

A abertura da navegação pelo Rio Arinos ao Pará, ensejou novas incursões pelo município através, das águas do Paraguaizinho e Santana, e que, serviram de estrada natural de penetração  para se atingir o afluente amazônico.

Em 1937, aportava à região o baiano José Lúcio de Oliveira (Por alcunha “MACAUBA”), por ser originário dessa Cidade da Bahia, juntamente com seus familiares.

Tomando posse da extensa área de terras, que abrangia, inclusive, a atual sede do município, José Lúcio estabeleceu-se com criação de gado vacum e lavouras. Na sua esteira vieram os demais povoadores: Aparicio Soares, Aderaldo Marques, Apolinário Hipólito dos Santos, Francisco Alves de Andrade e outros, os quais se revelaram as minas de Santana às margens do Rio homônimo, repetindo-se a corrida desenfreada dos garimpeiros, para o novo “Eldorado”.

A corrutela que, de imediato levantaram,   ampliou-se em próspero povoado. Dezenas de habitações rústicas, com cobertura de palha, se multiplicaram de improviso, rastreando-se de imediato os comerciantes e as meretrizes, os aventureiros e os capangueiros, dando ao povoado estabilidade à sombra da expansão dos garimpeiros e a outros pontos em que, igualmente, se revelou o diamante econômicamente explorável.

O município foi criado pela Lei nº 712, de 16-12-1953, tendo por sede a antiga povoação de Santana, elevada à categoria de Cidade, sob a denominação de Nortelândia. Teve seus limites retificados pela Lei nº 370, de 31-07-1954.

O nome de Nortelândia foi sugerido pelo autor da Lei de criação do município, depois de ouvidos os principais habitantes da povoação de Santana, visando a perpetuar no topônimo a inestimável cooperação de Nortistas e Nordestinos no povoamento da região.

Gentílico: nortelandense

Formação Administrativa

Elevado à categoria de município e distritos com a denominação de Nortelândia, pela lei  estadual nº 712, de 16-12-1953, desmembrado do município de Diamantino. Sede no atual distrito de Nortelândia (ex-povoado de Santana). Constituído do distrito sede. Instalado em 05-02-1954.

Em divisão territorial datada de 1-07-1960, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-07-1999.






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