Mulheres votam em eleições do Kuwait pela 1ª vez
Vinte e oito dos 252 candidatos são mulheres no pleito convocado depois de uma disputa entre o governo e parlamentares da oposição sobre reforma eleitoral.
A campanha eleitoral foi marcada por acusações de corrupção.
No início da votação, dezenas de mulheres formavam fila do lado de fora das seções eleitorais femininas - pelas leis do país, homens e mulheres têm que votar em zonas separadas.
Mulheres
As mulheres representam 57% do eleitorado, e as candidatas femininas esperam conquistar alguns assentos no Parlamento.
"A participação das mulheres nas eleições torna este um dia histórico para o Kuwait", disse à agência de notícias Reuters a candidata Fatima al-Abdali, educada nos Estados Unidos.
"O sucesso de qualquer mulher será uma vitória para todas as mulheres do Kuwait e do Golfo Árabe", completou. Os candidatos islâmicos estão confiantes no apoio das eleitoras, apesar de terem sido contra o direito das mulheres ao voto, por razões religiosas, disse a correspondente da BBC no Golfo Julia Wheeler.
Mas enquanto algumas mulheres, particularmente nas áreas tribais, deverão seguir a orientação de seus familiares homens nas urnas, muitas kuwaitianas já avisaram que vão decidir por conta própria em relação às questões que enfrentam, disse Wheeler.
A corrupção foi uma das maiores preocupações durante a campanha eleitoral, com freqüentes acusações de compra de votos por candidatos governistas.
O Parlamento do Kuwait é considerado o mais forte das monarquias do Golfo, e a Assembléia Nacional com freqüência expressa diferenças de opinião com o gabinete.
Mas o emir Sheik Sabah al-Ahmed al-Sabah tem a última palavra na maioria das políticas do governo e postos-chave do ministério são ocupados por membros da família governante.
Os 50 parlamentares eleitos cumprirão mandato de quatro anos, a não ser que o emir dissolva o órgão.
Os primeiros resultados das eleições devem ser divulgados horas depois do fechamento das urnas.
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