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Terça - 05 de Fevereiro de 2013 às 13:18
Por: JOANICE DE DEUS

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Usuários do transporte intermunicipal entre Cuiabá e Santo Antônio de Leverger (34 km ao sul de Cuiabá) reclamam das condições precárias em que se encontram os veículos que operam no sistema. Eles relatam ainda problemas como a superlotação, atrasos nas viagens e a falta de circulação dos veículos aos fins de semana.

Ontem pela manhã, o veículo de placa JNZ-1784, de Cuiabá, que estava no ponto, que fica ao lado da Igreja Bom Despacho, no Centro, estava com o pisca-alerta solto. “Desde 94 são os mesmo ônibus que rodam em Santo Antônio. Os veículos estão velhos, barulhentos, sujos, não têm ventilação e quando chove molha todo mundo que está dentro”, afirmou o vendedor Robson Neves, que utiliza o coletivo diariamente.

Além de criticar o valor da tarifa de R$ 3,10 por conta da precariedade na prestação do serviço, Neves comenta que os veículos não circulam aos sábados e aos domingos. “Durante a semana só tem ônibus até às 22h30”, afirmou.

Quem também está descontente com o serviço prestado pela empresa Nagib Saad é o funcionário público Genésio Albernaz Filho, de 63 anos, que mora em Cuiabá e periodicamente visita parentes que moram em Santo Antônio. “Os ônibus só passam de uma em uma hora e estão sempre lotados. Direto tem gente que vai em pé daqui até a Santo Antônio”, comentou reclamando ainda do tratamento dispensado pelos motoristas aos idosos.

OUTRO LADO - Por meio da assessoria de imprensa, a Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados (Ager) informou que falta pouco para que a atual situação do transporte de passageiros entre Santo Antônio e Cuiabá mude. Isso porque já foi licitado o novo sistema Rodoviário de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT), aguardando apenas o julgamento de recurso.

A partir daí, o sistema contará com novos operadores, novos investimentos, inclusive, haverá renovação da frota. Enquanto isso, garante que tem fiscalizado e cobrado medidas para garantir a qualidade do serviço aos passageiros do transporte rodoviário em todo o Estado, embora todos os contratos intermunicipais estejam vencidos. Atualmente, o serviço funciona por meio de um Termo de Ajuste e Compromisso (TAC), assinado com o Governo do Estado e o Ministério Público do Estado (MPE).

Sobre o reajuste da tarifa, a Ager disse que a empresa vinha cobrando o valor de R$ 2,60 desde 2006. Em 2008, chegou a ser concedido o aumento para R$ 3,10, mas o reajuste foi suspenso. Apenas no fim do ano passado, o novo valor passou a ser cobrado para garantir o equilíbrio econômico-financeiro da empresa.

Sobre os maus-tratos aos idosos, a Ager informou que as denúncias devem ser feitas à Ouvidoria pelo telefone 0800-647-6464.




Fonte: DO DC

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