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Economia
Quarta - 28 de Junho de 2006 às 16:34

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O preço do petróleo voltou ao patamar de US$ 72 nesta quarta-feira, com a divulgação de uma queda nos estoques de petróleo e gasolina dos EUA na semana passada.

Às 12h54 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em agosto, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 72,30, alta de 0,53%. Durante o dia o preço do barril chegou a US$ 72,77.

No relatório semanal de estoques divulgado hoje pelo Departamento de Energia, foi registrada uma queda de 3,4 milhões no estoque de petróleo e de outro 1 milhão de barris no de gasolina no país. As reservas de petróleo agora estão em 343,7 milhões de barris (4% a mais que há um ano) e as de gasolina em 212,4 milhões (2% a menos que no mesmo período de 2005).

A demanda diária por gasolina nos EUA registrou aumento de 0,9% nas últimas quatro semanas, ficando em 9,4 milhões de barris, informou o departamento em seu relatório.

A queda surpreendeu os analistas, mas a expectativa é de que a atividade nas refinarias no país cresçam e dêem conta de suprir o mercado de gasolina, evitando a escassez do produto durante a temporada de verão.

O canal de navegação de Calcasieu, no golfo do México, prossegue com acesso limitado, devido aos procedimentos de limpeza do vazamento de petróleo ocorrido na semana passada nas instalações da Citgo Petroleum, em Lake Charles (Louisiana), segundo a Guarda Costeira.

A Citgo informou ontem à noite que requisitou (e obteve) um empréstimo de 250 mil barris da reserva estratégica dos EUA para poder manter o nível de produção em 425 mil barris por dia, enquanto a limpeza do canal prossegue.

O cenário geopolítico ainda provoca efeitos no preço da commodity. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse ontem que seu país não precisa negociar sobre seu programa nuclear com os EUA, o que foi visto como um sinal de que o Irã não vai ceder na questão.

O Irã é o segundo maior produtor mundial de petróleo. O governo iraniano afirma que seu programa de enriquecimento de urânio destina-se apenas à produção de energia, sem fins militares --o que é contestado pelos EUA e pela União Européia.





Fonte: Folha Online

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