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Internacional
Quarta - 28 de Junho de 2006 às 10:00

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A liberdade religiosa continua sendo violada na China, Iraque, Oriente Médio e Turquia, As violações são cometidas em todo o mundo, inclusive em países democráticos, segundo um dossiê sobre a liberdade religiosa no mundo apresentado hoje pela Ajuda à Igreja que Sofre (ACS).

O relatório é uma das expressões da ACS, associação de direito pontifício que tem como objetivo amparar a Igreja católica em países onde os católicos são vítimas de perseguições, restrições administrativas e vivem em situação de pobreza.

O Relatório 2006 foi apresentado pelo diretor da ACS na Itália, Attilio Tamburrini, pelo diretor da AsiaNews, Bernado Cervellera, pelo presidente da ACS internacional, Hans-Peter Roethlin, e pelos jornalistas Magdi Allam e Orazio Petrosillo.

China, ao lado de Mianmar, Laos, Vietnã e Coréia do Norte, "está no topo da lista de perseguidores" da Ásia.

No Iraque a violência de sunitas wahabitas contra xiitas demonstra "a ausência de liberdade religiosa, inclusive em contextos inter-islâmicos", segundo Allam.

Perseguição

O jornalista recordou que "um milhão de judeus e cerca de dez milhões de cristãos fugiram de países árabes devido a problemas e perseguições".

"Esse terrorismo de fundo religioso tem natureza agressiva e não deve ser justificado de nenhum modo", destacou Allam.

O padre Cervellera lembrou as violações da liberdade religiosa na China: os bispos presos e desaparecidos, as igrejas domésticas destruídas, as torturas contra os Falung Gong.

Lembrou também a massiva fuga dos cristãos da Terra Santa, as dificuldades na Turquia para os fiéis muçulmanos e algumas situações particulares observadas na América Latina, principalmente em Cuba e na Colômbia.

Cervellera, para explicar a "ambivalência" da situação na China, destacou que, por um lado, o governo quer criar para si uma "imagem positiva a nível internacional" e, por outro lado, existe uma "resistência stalinista de alguns setores", como nas relações com os católicos.

O diretor da AsiaNews lamentou que, por vezes, nos meios de comunicação haja o desejo "de novidades positivas e que, por outro lado, seja necessário falar claramente, denunciar que a liberdade religiosa é violada".

"Me parece que, por exemplo, a União Européia foi muito tímida ao denunciar o assassinato de dom Andrea Santoro na Turquia. Admiro, por outro lado, a premier alemã Angela Merkel, que na China teve a coragem de enfrentar o problema de modo público".

O relatório adotou os critérios da ONU, que definem a liberdade religiosa em vários níveis: liberdade de crença, conversão, associação, expressão, educação dos filhos na própria fé, e de viajar e reunir-se com outras pessoas da mesma fé em outras nações. As violações incluem leis conservadoras, legislações formalmente libertárias mas não aplicadas, e outras menos visíveis cometidas em contextos democráticos.





Fonte: Olhar Direto

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