Penha e Vedoin vão depor na CPI
Maria da Penha, acusada de intermediar o esquema no ministério, estava presa em Cuiabá e, em depoimento à Polícia Federal, identificou um total de 81 parlamentares que teriam participado da fraude, além do próprio Vedoin. Ele é apontado como chefe da quadrilha para a compra de ambulâncias para municípios, precedida de um acerto com os prefeitos para fraudar a licitação e, assim, superfaturar o preços dos veículos.
Os pedidos para ouvir os dois deverão ser votados hoje, quando a CPI Mista dos Sanguessugas reúne-se para apreciar todos os requerimentos apresentados até o momento, entre eles os que pedem a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Maria da Penha e de Darci Vedoin, no período compreendido entre janeiro de 2003 e junho de 2006, com a intenção de confirmar as denúncias. Na reunião, também será eleito o vice-presidente da comissão e aprovado um roteiro de trabalho para os próximos dois meses - prazo máximo previsto para o funcionamento da CPI.
Na segunda-feira, o senador Amir Lando (PMDB-RO) e o deputado Antonio Carlos Biscaia (PT/RJ), respectivamente relator e presidente da CPMI dos Sanguessugas, tiveram encontro com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, com o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie. Com o objetivo de agilizar os trabalhos da comissão, eles foram requisitar cópia de todas as investigações desenvolvidas até o momento com relação à Operação Sanguessuga, da Polícia Federal, bem como dos respectivos pedidos de instauração de inquérito contra parlamentares e das denúncias já oferecidas pelo MPF.
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