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Internacional
Quarta - 28 de Junho de 2006 às 03:40

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Promotores dos EUA disseram, em novo julgamento nesta segunda-feira, que Andrea Yates era sã o suficiente para saber que ela estava fazendo algo errado quando afogou seus cinco filhos.

Em seu pronunciamento inicial, os advogados de Yates argumentaram que ela estava tão perturbada mentalmente que pensou estar ajudando suas crianças quando as afogou em sua casa em Houston.

Yates foi condenada em 2002 pelos estarrecedores assassinatos, mas o veredicto foi suspenso por uma corte de apelações por causa de um falso testemunho feito por uma importante testemunha de acusação.

Assim como em seu primeiro julgamento, Yates declarou-se inocente das acusações de assassinato, que poderiam levá-la à prisão perpétua, alegando insanidade.

Yanes, 41 anos, afogou as crianças, que tinham entre 6 meses e 7 anos, na banheira de sua casa no dia 20 de junho de 2001, enquanto seu marido, Rusty Yates, estava no trabalho.

Testemunhas mostraram que ela havia sido tratada em hospitais psiquiátricos em diversas ocasiões por severas depressões pós-parto, depois do nascimento de suas crianças. E apenas dois dias antes dos assassinatos, ela havia dito a um psiquiatra que precisava ter "pensamentos felizes".

O caso tornou-se importante para entidades de defesa das mulheres e defensores de pessoas com problemas mentais que disseram que ela precisa de tratamento, não da pena de morte que os promotores do Texas buscam.

Yates passou a maior parte dos últimos quatro anos na prisão recebendo tratamento e na segunda-feira parecia muito mais lúcida e animada do que em seu primeiro julgamento.

Um novo julgamento foi marcado porque o psiquiatra forense Park Dietz, convocado pela acusação no primeiro inquérito judicial, disse que Yates pode ter planejado matar suas crianças e depois alegar insanidade mental por causa de um episódio da série "Law and Order", da rede de TV NBC.

Descobriu-se depois que esse episódio não existia, o que levou uma corte de apelações a anular o julgamento.

Os advogados de Yates disseram ao júri que ela estava de tal maneira delirante que acreditava que o diabo vivia dentro dela e que a única maneira de salvar suas crianças seria matando-as enquanto ainda eram inocentes.

Mas o promotor Kaylynn Williford disse que Yates estava calma e racional quando telefonou para a polícia depois de afogar as crianças uma a uma.

Ela disse à polícia que "havia considerado a morte de suas crianças por aproximadamente dois anos" e "que ela sabia que isso era errado e que ela seria punida", disse Williford.

Sob a lei texana, Yates, uma ex-enfermeira e oradora da turma na escola, não pode ser punida com a morte porque o júri em 2002 a condenou à prisão perpétua.

Desde sua condenação, Rusty Yates divorciou-se dela e casou-se novamente, mas deve testemunhar a seu favor.





Fonte: Reuters

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