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Economia
Terça - 27 de Junho de 2006 às 15:27

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O indicado para a pasta do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, prometeu nesta terça-feira que irá aumentar a competitividade do país nos mercados globais, mantendo baixos os impostos e garantindo tratamento justo às empresas em questões comerciais.

"Se conformado para o cargo, irei concentrar esforços no modo como os EUA podem manter e reforçar nossa posição competitiva", disse Paulson durante a sabatina de confirmação do Comitê de Finanças do Senado.

Paulson disse que os EUA precisam lidar com as questões da Previdência Social e do Medicare (programa federal de assistência médica), que, segundo ele, "ameaçam pesar injustamente sobre as futuras gerações". Mesmo reconhecendo a dificuldade de financiar esses programas, ele manifestou otimismo quanto à possibilidade de atingir algum avanço ainda na administração do presidente George W. Bush.

Quanto ao problema dos déficits americanos --orçamentário e comercial--, Paulson disse que seria "um grande erro" elevar impostos para cobrir as contas do governo (embora tenha afirmado que gostaria de ver uma redução nos gastos governamentais).

A aprovação de Paulson para o Departamento do Tesouro deve sair até o início do recesso do Senado, que começa no dia 4 de julho, disse o presidente do comitê, o senador pelo Estado de Iowa Chuck Grassley ao diário americano "The Wall Street Journal".

Já Carolyn Weyforth, porta-voz do líder da maioria no Senado Bill Frist, disse que a aprovação pode sair nesta quinta-feira (29).

Como novo secretário do Tesouro, Paulson terá de enfrentar tensões sobre as relações comerciais entre os EUA e a China. Com a experiência nas relações com o país proporcionada pelas 70 viagens que já fez ao país asiático, ele disse que irá pressionar o governo chinês para relaxar o controle sobre o câmbio entre o yuan (moeda corrente chinesa) e o dólar. "Temos que encorajá-los a se moverem mais depressa", disse.

Sobre as altas de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Paulson apenas manifestou sua "grande consideração" pelo presidente do banco, Ben Bernanke. "Tenho grande confiança em que ele irá fazer o que certo para manter a estabilidade de preços em consistência com o crescimento de longo prazo."

Substituição

O presidente Bush, nomeou Paulson para o Tesouro depois que o ocupante anterior do cargo, John Snow, que estava na pasta desde fevereiro de 2003, renunciou.

Paulson, 60, foi o executivo-chefe do Goldman Sachs desde maio de 1999. Ele foi diretor operacional da instituição entre dezembro de 1994 e junho de 1998.

Na cerimônia de substituição, Bush disse que Paulson "tem uma vida inteira de experiência em negócios. Ele tem conhecimento íntimo dos mercados financeiros e a habilidade de explicar questões econômicas e termos claros".

O cargo de secretário do Tesouro nos EUA equivaleria, no Brasil, ao de ministro da Fazenda, pasta ocupada hoje por Guido Mantega. Sobre os mercados financeiros, no entanto, tem mais influência o Federal Reserve (Fed, o BC americano), cujo presidente hoje é Ben Bernanke.





Fonte: Folha Online

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