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Nacional
Terça - 27 de Junho de 2006 às 12:52

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Deve ser oficializada nos próximos dias a escolha do prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), para o cargo de tesoureiro da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Filippi teria uma conversa com Lula ontem à noite, na base aérea em São Paulo, ou hoje, em Brasília.

O prefeito aguardava o convite de Lula e essa conversa para se definir. O petista pretendia apresentar condições para aceitar o cargo, que será extremamente monitorado e visado depois do escândalo do mensalão e do reconhecimento do PT de que houve caixa dois na campanha passada.

Engenheiro civil, Fillipi, 48, exerce o terceiro mandato na Prefeitura de Diadema e foi um dos fundadores do PT no ABC paulista, reduto histórico do partido. O prefeito já foi orientado a analisar as implicações legais de seu afastamento da prefeitura e a consultar a Lei Orgânica do município. Ele já conversou com dirigentes petistas e com o assessor especial da Presidência da República Gilberto Carvalho. O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) também o procurou.

Filippi manifestou a interlocutores a disposição de se afastar por quatro meses da administração municipal. Como o vice-prefeito de Diadema, Joel Fonseca, também é do PT, o partido avalia que não haverá prejuízos políticos ou mudanças administrativas com a saída temporária do titular do cargo.

Outros nomes

Até a data da convenção nacional da legenda, no último sábado, havia uma lista tríplice sendo analisada pelo PT, com os nomes de Filippi, Newton Lima Neto (prefeito de São Carlos) e João Avamileno (prefeito de Santo André). O último foi descartado porque a prefeitura é alvo de investigações do Ministério Público por denúncias de corrupção supostamente relacionadas ao homicídio do prefeito Celso Daniel, em 2002.

Lula disse à direção partidária que não gostaria que a função fosse ocupada por alguém da burocracia do partido, como era o caso do tesoureiro Delúbio Soares. O PT passou, então, a buscar um quadro partidário com experiência administrativa e trânsito no setor privado.

Um dos nomes cogitados foi o do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Como o vice-prefeito, Ronaldo Vasconcelos (PL), será candidato ao Senado, Pimentel descartou a possibilidade. Além disso, o PT considerou arriscado promover o afastamento temporário de um prefeito de capital.

"Uma função dessas exige alto grau de confiança do partido", afirmou o secretário de Finanças do PT, Paulo Ferreira. "O prefeito de Diadema tem experiência de gestão, respeitabilidade. É um bom nome e tem todas as condições para exercer qualquer cargo na campanha, inclusive o de tesoureiro."





Fonte: Folha online

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