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Cidades/Geral
Segunda - 26 de Junho de 2006 às 15:33

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Segundo o superintende Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul, José Antônio Felício, o projeto foi apresentado Ministro Roberto Rodrigues que se entusiasmou e solicitou que fosse estudado para ser apresentado como modelo nacional, porque seria a resposta exata para que a pecuária possa dar um salto de qualidade, e, além do mais, por ser desenvolvido pelo governo, mostrar aos mercados internacionais que estamos trabalhando e temos projetos para vencer nossas dificuldades.

“O projeto da Embrapa Gado de corte será o modelo de futuro que iremos apresentar aos missões que nos visitarem, como nosso modelo de pecuária, e sabemos que o Estado de São Paulo também quer usar o mesmo sistema, e esperamos que o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) faça a difusão do programa”, comenta Felício.

Pedro Paulo Píris, pesquisador da Embrapa Gado de Corte e idealizador do programa junto com Kleper Euclides Filho, diretor da Embrapa, revela que projeto está pronto e está em vias de aprovação financeira, não no Mapa, mas no ministério do Trabalho através de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), porque a base do projeto é o treinamento.

“Queremos reduzir as desigualdades na pecuária, e por isso a base do nosso projeto é educação, então, só pode funcionar se nivelarmos a mão de obra, para que este público tão heterogêneo possa ter uma base”, revela, destacando que para isso, serão criadas propriedade que sejam modelos, e os criadores que não estiverem integrados no projeto possam ver na prática qual o ganho que poderiam ter.

Projeto começa a ser implanto da fronteira do Estado

O projeto prevê a instalação do programa em mil propriedades distribuídas em todas as regiões do país e a realização de mais de 600 treinamentos visando a gerência pecuária, sanitária, nutricional e reprodutiva, além dos treinamentos dos proprietários com as boas praticas pecuárias em todas as propriedades de fronteira internacional em Mato Grosso do Sul. “Aqui e em mais mil propriedades distribuídas nas cinco regiões do Brasil”, diz o pesquisador acrescentando que em São Carlos, SP, dos dias 10 a 14 de julho, a Embrapa irá realizar o curso na região sudeste que está interessada em implantar o programa.

O projeto tem cronograma de execução de cinco anos, e deve ser iniciado no Mato Grosso do Sul, e as propriedades beneficiadas irão receber os equipamentos e o acompanhamento técnico da produção.

“O produtor vai ser avaliado no nível zootécnico, (qual o padrão de seu manejo), anualmente, para que depois a Embrapa possa dizer e dispor para a sociedade sobre os dados e padrão de criação de bovinos”, destaca Piris.

No material que o Iagro (Agencia Estadual de Defesa Animal e Vegetal) do Estado e a SFA (Superintendência Federal de Agricultura) desenvolvem para apresentar a missão européia que chega no começo de julho, o programa deve ser apresentado, mas a comissão ainda não definiu o assunto.

“Ainda não definimos se vamos incluir o que vamos fazer no futuro ou o cronograma de execução dos projetos, mas temos criatividade para criar projetos modelos, como o caso do novilho precoce, o “Novas praticas agropecuárias” que está sendo implantado pelo Uruguai, então, esperamos colocar em prática estes projetos”, diz Felício.

Os equipamentos

O pesquisador da Embrapa revela que nas propriedade modelos, os produtores irão receber equipamentos que irão permitir que a produção possa ser administrada de forma moderna. O produtor usará chip eletrônico, o produto foi nacionalizado através de uma parceria da Embrapa, e sua instalação será feita no umbigo do animal ao nascimento.

Outro equipamento será a balança eletrônica de passagem, na qual o boi não precisa parar para ser pesado, permitindo que a pesagem possa ser feita no meio do pasto; Teclado do pião, (um teclado especialmente desenvolvido para que o trabalhador do manejo, no campo mesmo possa fazer as suas “anotações do manejo” digitalmente, com dados que irão alimentar um software de gestão que também faz parte do projeto.

“O pião precisa anotar isso no programa e isso será feito no computar, mas nos criamos um teclado de computador feito de pano para que possa ser operado no campo mesmo, sem dificuldades”, destaca Pedro Paulo Píris.

Também fazem parte o software de predição (preenchimento do sistema de qual o nível de zootecnia do produtor, que irá permitir um estudo de avaliação futura de investimento retorno.

“Com o programa os produtores serão agrupados e a produção será comercializada em uma cadeia diferenciada e será colocado um selo da Embrapa, e a carne produzida irá agregar mais valor”, diz Piris destacando que já tem frigoríficos interessados neste produto.

O último ponto do projeto, mas que ainda está sendo desenvolvido pelo Embrapa Informação é programa e-sap, para transito de todas as informações geradas pela cadeia da carne. “Este programa vai permitir a consulta de todas as informações da cadeia para os seus parceiros, incluindo as informações sanitárias”, conclui o pesquisador informando que os dados da cadeia estarão todas on line, e as informações serão enviadas aos órgãos de vigilância sanitária dos Estados.

O projeto pretende colocar chip eletrônico em quatro milhões de cabeças de gado nas Zonas de fronteiras do Mato Grosso do Sul.





Fonte: Olhar Direto

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