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Economia
Segunda - 26 de Junho de 2006 às 06:47

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O Sindmat estima que a queda na movimentação de cargas em Mato Grosso chega a 35%, induzida principalmente pela baixa no consumo de combustíveis e na demanda de insumos agrícolas pelos produtores. O secretário executivo da entidade, Gilvando Alves de Lima, declara que assim como os agricultores as transportadoras também cobrarão do governo federal medidas de socorro ante a crise. Entre as idéias em discussão está a concessão de uma "trégua" fiscal com subsídios para o escoamento de mercadorias durante pelo menos seis meses.

Lima destaca que o alerta vermelho é ainda maior ante a perspectiva de redução de até 30% na área plantada do Estado anunciada pela Federação da Agricultura e Pecuária (Famato). "O transporte ficará sem saída porque dependemos da produção de grãos. O caminho para muitas empresas será a falência". Até agora a estimativa é que somente 10% dos produtores compraram os insumos para o plantio. Em paralelo o consumo de combustíveis caiu 18,1% no primeiro quadrimestre do ano, com 684 milhões de litros contra 835 milhões no mesmo período de 2005.

"Precisamos ter uma política diferenciada principalmente para as cargas de diesel, que é a principal matriz energética. É justo que os benefícios do pacote agrícola também alcancem o setor de transportes". Ele afirma que o desaquecimento na demanda pelos serviços também já é sentido em outros ramos como o comércio. "Se o carro-chefe do Estado é o agronegócio, todas áreas estão sendo afetadas".

Embora a Secretaria de Estado de Fazenda já tenha exigido o aumento do consumo regional de combustível como uma das bases para redução na carga tributária do óleo diesel, Lima frisa que o abastecimento em Estados vizinhos com o uso de tanques adicionais é crucial para o corte de gastos. Levantamento da Associação de Transportadores de Cargas (ATC) mostra que o combustível representa R$ 0,85 do custo total do frete por quilômetro rodado, de R$ 2,02. A planilha envolve o transporte de um bi-trem de grãos entre Rondonópolis e Paranaguá (PR). A questão é puramente comercial e as empresas estão numa situação de "salve-se quem puder" no setor". (JS)




Fonte: A Gazeta

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