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Economia
Segunda - 26 de Junho de 2006 às 06:44
Por: Juliana Scardua

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Fabricantes de álcool em Mato Grosso começam a ter o escoamento da produção afetado pela falta de caminhões para o transporte do combustível até os grandes centros consumidores do país. O problema maior está na baixa das operações de retorno feitas pelas transportadoras em função da redução na demanda de entrada de diesel e gasolina no Estado. O presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool), Piero Parini, declara que o quadro é mais preocupante em função da projeção de alta de 20% nos preços do frete, onerando o custo de produção do combustível.

Nas operações de retorno os caminhões chegam carregados de produtos ao Estado e fecham os contratos para a volta à matriz com o escoamento de outras mercadorias, geralmente com frete mais barato. "Realmente está havendo dificuldades nesse "casamento" das mercadorias", declara o secretário executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Gilvando Alves de Lima.

Hoje o preço médio do frete é de R$ 100 para a cada 1 mil litros de álcool (1 metro cúbico) até Paulínia, pólo das refinarias de combustíveis. Com a perspectiva de alta do frete o valor deve chegar a R$ 120. O presidente do Sindalcool destaca o segmento está "refém" dos preços praticados pelas transportadoras porque uma segunda opção de transporte, via a Ferronorte, é considerada inviável hoje.

Protocolo de intenção foi assinado com a ferrovia em 2005 para a construção de um terminal de transbordo de álcool em Alto Araguaia ou a disponibilidade de mais vagões tanques para a armazenagem direta. Contudo, estudo apontou que o frete rodoviário é hoje mais barato e que somente o embarque via um terminal ferroviário em Rondonópolis poderia amenizar as despesas. O compromisso das indústrias sucroalcooleiras é de escoamento de 50 milhões de litros de álcool no primeiro ano de parceria.

"Por enquanto não há saída e estamos muito preocupados com o quadro porque a indústria sucroalcooleira está em plena safra e precisa escoar a produção com agilidade". O protocolo tem a validade de 5 anos. A reportagem procurou a ALL Logística, controladora da Ferronorte, mas não teve o retorno.




Fonte: A Gazeta

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