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Domingo - 25 de Junho de 2006 às 22:40

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Em uma das partidas mais nervosas da Copa do Mundo e com uma arbitragem desastrada, Portugal, comandado por Luiz Felipe Scolari, venceu a Holanda por 1 x 0 e enfrentará a Inglaterra nas quartas-de-final.

A partida foi nervosa, com entradas duras de ambos os lados e com uma arbitragem complacente do ponto de vista disciplinar, mesmo apesar das quatro expulsões.

O primeiro tempo foi equilibrado. Enquanto a Holanda tinha mais posse de bola, eram os portugueses que eram mais incisivos e que criaram as melhores chances de marcar.

Logo no primeiro minuto, a Holanda teve a primeira chance. Mark van Bommel chutou rasteiro de fora da área e a bola saiu a direita do gol de Ricardo. Aos 14 minutos, a Holanda voltou a chutar de fora da área com Robin van Persie, mas de novo a bola saiu a direita do gol.

Mas quem abriu o placar foram os portugueses, no seu primeiro chute contra o gol holandês aos 23 minutos. Deco avançou pela ponta direita e tocou para Pauleta dentro da área, ele tocou para Maniche, que vinha de trás. O meia português bateu firme no canto direito de Edwin van der Sar.

Três minutos depois, Maniche quase fez o segundo, mas o chute de longa distância foi por cima do gol.

Ainda no primeiro tempo, Portugal ficou sem o habilidoso Cristiano Ronaldo, que foi substituído por Simão Sabrosa após sofrer entrada desleal de Khalid Boulahrouz, que se safou ao receber somente o cartão amarelo.

Pouco depois, Costinha chutou Andre Ooijer e o árbitro russo Valentin Ivanov não expulsou o jogador português, que já tinha cartão amarelo.

No finalzinho do primeiro tempo, Van der Sar impediu o segundo gol português. Simão, da ponta direita, tocou para Pauleta que, da entrada da pequena área chutou para soberba defesa do goleiro holandês.

Ainda antes do intervalo, Costinha foi expulso. Num lance despretensioso no meio-campo ele bloqueou um passe com a mão e recebeu o segundo amarelo, obrigando os comandados de Felipão a atuarem em desvantagem numérica.

No intervalo, Felipão decidiu sacrificar seu único atacante, Pauleta, para recompor o meio-campo com Petit.

E era óbvio que a Holanda tentaria sufocar Portugal em seu campo de defesa. Aos quatro minutos, quase na pequena área, Philip Cocu bateu com muita força e a bola explodiu no travessão de Ricardo. No minuto seguinte Van Bommel chutou de longe, obrigando o goleiro português a colocar para escanteio.

E se a Holanda era toda ataque, Portugal saía nos contra-ataques. Como aos 12 minutos, quando Figo tocou para Maniche chutar de fora da área e ver Van der Sar fazer bonita defesa. Três minutos depois outra chance. Simão cobrou falta da entrada da área, assustando Van der Sar.

Aos 18, Boulahrouz, que já havia tirado Cristiano Ronaldo do jogo, atingiu Figo com o braço e recebeu o segundo cartão amarelo, igualando as duas equipes numericamente. Antes da expulsão, no entanto, Figo acertara uma cabeçada de leve em Van Bommel fora do lance, mas o árbitro russo se contentou em advertir o jogador português com um cartão amarelo.

Aos 28 o nervosismo continuou. A Holanda não respeitou o ''Fair Play'' (Jogo Limpo) tão propagandeado pela Fifa e não devolveu a posse de bola aos portugueses depois de um atendimento médico. Em retaliação, Deco deu um carrinho desleal em John Heitinga que, no chão, foi cercado por jogadores portugueses, entre eles Petit, que foi empurrado por Rafael van der Vaart.

Atrapalhado, Valentin Ivanov deu cartão amarelo para Van der Vaart e Deco. Pouco depois, o brasileiro naturalizado português se desentendeu com Cocu e Ivanov expulsou somente o jogador de Portugal.

A partir daí se viu mais catimba e violência do que futebol e a total falta de controle do árbitro na partida. Giovanni van Bronckhorst também foi expulso ao receber o segundo amarelo, estabelecendo recorde de expulsões em uma partida de Copa do Mundo.

Portugal conseguiu segurar a pressão até o fim e comemorou muito a classificação. Felipão cumprimentou todos os seus jogadores após o término da partida.





Fonte: Reuters

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