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Itália vota referendo que tem oposição de Prodi
Os italianos deram início à votação de dois dias no domingo do referendo que pode ser o precursor da maior reforma constitucional em meio século, se o primeiro-ministro Romano Prodi falhar em persuadir o país a rejeitá-lo.
Prodi, cujo mandato como primeiro-ministro seria reforçado pelas reformas, disse que o pacote irá destruir a unidade nacional, enfraquecer o presidente e custar à nação mais de 250 bilhões de euros para ser implementado.
O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, cuja coalizão de centro-direita defendia o pacote antes de perder o governo nas eleições de abril, diz que as medidas vão regenerar o sistema de governo antiquado da Itália.
A Constituição italiana foi elaborada após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de impedir o retorno de ditadores como Benito Mussolini. Mas críticos dizem que ela contém tantos controles que dificulta a governabilidade, com muitas das administrações do pós-guerra mal durando um ano.
O referendo dá a Berlusconi a chance de se reafirmar como líder de centro-direita da coalizão "Casa das Liberdades", após ter perdido as eleições e falhado em conseguir cadeiras nas eleições locais no mês passado.
"''A Casa das Liberdades'' quer uma trégua das repetidas derrotas com um documento que destrói a Constituição", disse Prodi às vésperas da votação, pedindo a italianos que votem "Não".
"É um insulto ao nosso país e uma distorção das leis que governam a Itália."
A votação começou no domingo e será encerrada na segunda-feira, quando as primeiras projeções serão divulgadas.
Até as 17h do domingo (13h, no horário de Brasília), 21,6 por cento dos eleitores italianos haviam votado, segundo o Ministério do Interior.
Os dois lados prevêem vitória, mas comentaristas dizem que a incerteza quanto ao número de votantes torna impossível prever o resultado.
O referendo prevê autonomia total às 20 regiões da Itália, nos setores da Saúde, Educação e Segurança. Críticos dizem que a aprovação significa melhores serviços para a rica região norte em detrimento do sul pobre.
O pacote também prevê transformar o Senado em um órgão legislativo federal e não nacional e dar mais autoridade ao primeiro-ministro, que passaria a poder demitir ministros e dissolver o Parlamento. A medida impediria a prática italiana comum em que partidos mudam de lado durante o mandato e derrubam o primeiro-ministro.
O referendo é necessário porque o pacote de medidas passou com maioria simples no Parlamento em novembro passado, quando Berlusconi ainda era o primeiro-ministro, ao invés dos dois terços de maioria necessários para que as mudanças sejam automáticas.
O ex-presidente Carlo Azeglio Ciampi pediu aos italianos para rejeitarem as mudanças, dizendo que a Constituição é "bela, vital e mais relevante do que nunca".
O partido de centro-esquerda de Prodi diz que as mudanças dariam muito poder ao primeiro-ministro e enfraqueceria o papel do presidente, que tem sido tradicionalmente um árbitro imparcial.
Prodi, cujo mandato como primeiro-ministro seria reforçado pelas reformas, disse que o pacote irá destruir a unidade nacional, enfraquecer o presidente e custar à nação mais de 250 bilhões de euros para ser implementado.
O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, cuja coalizão de centro-direita defendia o pacote antes de perder o governo nas eleições de abril, diz que as medidas vão regenerar o sistema de governo antiquado da Itália.
A Constituição italiana foi elaborada após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de impedir o retorno de ditadores como Benito Mussolini. Mas críticos dizem que ela contém tantos controles que dificulta a governabilidade, com muitas das administrações do pós-guerra mal durando um ano.
O referendo dá a Berlusconi a chance de se reafirmar como líder de centro-direita da coalizão "Casa das Liberdades", após ter perdido as eleições e falhado em conseguir cadeiras nas eleições locais no mês passado.
"''A Casa das Liberdades'' quer uma trégua das repetidas derrotas com um documento que destrói a Constituição", disse Prodi às vésperas da votação, pedindo a italianos que votem "Não".
"É um insulto ao nosso país e uma distorção das leis que governam a Itália."
A votação começou no domingo e será encerrada na segunda-feira, quando as primeiras projeções serão divulgadas.
Até as 17h do domingo (13h, no horário de Brasília), 21,6 por cento dos eleitores italianos haviam votado, segundo o Ministério do Interior.
Os dois lados prevêem vitória, mas comentaristas dizem que a incerteza quanto ao número de votantes torna impossível prever o resultado.
O referendo prevê autonomia total às 20 regiões da Itália, nos setores da Saúde, Educação e Segurança. Críticos dizem que a aprovação significa melhores serviços para a rica região norte em detrimento do sul pobre.
O pacote também prevê transformar o Senado em um órgão legislativo federal e não nacional e dar mais autoridade ao primeiro-ministro, que passaria a poder demitir ministros e dissolver o Parlamento. A medida impediria a prática italiana comum em que partidos mudam de lado durante o mandato e derrubam o primeiro-ministro.
O referendo é necessário porque o pacote de medidas passou com maioria simples no Parlamento em novembro passado, quando Berlusconi ainda era o primeiro-ministro, ao invés dos dois terços de maioria necessários para que as mudanças sejam automáticas.
O ex-presidente Carlo Azeglio Ciampi pediu aos italianos para rejeitarem as mudanças, dizendo que a Constituição é "bela, vital e mais relevante do que nunca".
O partido de centro-esquerda de Prodi diz que as mudanças dariam muito poder ao primeiro-ministro e enfraqueceria o papel do presidente, que tem sido tradicionalmente um árbitro imparcial.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/292673/visualizar/
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