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Internacional
Domingo - 25 de Junho de 2006 às 20:40

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Líderes democratas e republicanos do Congresso dos Estados Unidos condenaram hoje um "plano de reconciliação" do Governo iraquiano, ao considerar que os insurgentes não merecem a anistia.

Em diversos programas de televisão, os legisladores criticaram o plano que o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, apresentou ao Parlamento, com a idéia de impulsionar as negociações de paz com os insurgentes.

O senador Carl Levin, principal democrata no Comitê de Serviços Armados do Senado, disse em um programa da "Fox" que seria "desmesurado" outorgar a anistia a grupos que mataram tropas americanas.

O senador republicano John Warner, presidente do Comitê, afirmou que embora se oponha a uma anistia, o Governo de Washington tem que respeitar o direito dos iraquianos de decidirem seu futuro.

No entanto, o senador republicano mostrou esperança de que, após uma série de consultas entre os Estados Unidos e os iraquianos, o plano exclua uma anistia "para os que cometeram atos de violência ou crimes de guerra".

Em um programa da rede "CBS", o republicano Richard Lugar, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, afirmou que o Governo americano será totalmente contra a idéia, "inaceitável" para os americanos.

A senadora democrata Barbara Boxer afirmou que Maliki precisa "encontrar uma fórmula" para a pacificação, mas disse que as negociações com os sunitas não devem incluir uma anistia porque, caso isso aconteça, o Governo iraquiano "encontrará uma sólida oposição nos EUA".

As reações dos legisladores americanos aparentemente não levaram em conta as garantias oferecidas por Maliki de que os insurgentes não poderão evitar a Justiça se forem responsáveis por crimes contra civis iraquianos ou contra membros da coalizão militar encabeçada pelos Estados Unidos.

A Casa Branca respaldou o plano de reconciliação nacional iraquiano, mas não se pronunciou sobre o programa de anistia, incluído entre seus 24 pontos.

"Se os iraquianos nos pedirem, estaremos prontos para ajudar. É importante notar que este é um primeiro passo de um processo que levará algum tempo", disse Ken Lisaius, porta-voz da Casa Branca.

O plano de Maliki também inclui a abertura de um diálogo com as forças de coalizão para negociar sua retirada gradual do Iraque, embora seja a legislatura iraquiana a responsável por fixar uma data.





Fonte: EFE

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