Palestinos seqüestram soldado israelense na Faixa de Gaza

O homem foi seqüestrado durante um ataque a um tanque de Israel em que dois pilotos israelenses foram mortos, informou o porta-voz do Exército.

O grupo militante Hamas diz que não sabe o paradeiro do soldado, mas pediu que os seqüestradores o mantenham vivo e o tratem bem.

Israel disse que fará tudo o que estiver em seu poder para resgatar o soldado.

Essa é a primeira vez que um soldado israelense é seqüestrado desde 1994.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, ele se chama Gilad Shalit e tem 19 anos de idade.

Vingança

"O Hamas está envolvido nisso da cabeça aos pés", declarou Dan Halutz, chefe do Estado-Maior de Israel.

As Brigadas Ezzedine Al-Qassam, o braço armado do Hamas, e o grupo Exército do Islã assumiram a autoria do ataque ao tanque israelense. Pelo menos dois palestinos também foram mortos.

"Isso foi um ataque terrorista muito sério do Hamas", disse o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert.

"Israel vê a Autoridade Palestina, presidida por Abu Mazen (Mahmoud Abbas) e o governo palestino como responsáveis pelo incidente, com tudo o que isso implica", disse.

O ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, afirmou que Israel iria "se vingar de qualquer um que machucar o soldado, incluindo os seus líderes".

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, divulgou um comunicado condenando o incidente e pedindo que a comunidade internacional não deixe que Israel "use o ataque para fazer uma agressão em grande escala na Faixa de Gaza".

O Hamas, que lidera o governo palestino desde março, já havia encerrado, no dia 9 de junho, uma trégua com Israel que durava 16 meses após sete membros de uma família palestina terem sido mortos durante um piquenique em uma praia de Gaza. Israel nega ter sido responsável pelas mortes.