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Internacional
Domingo - 25 de Junho de 2006 às 14:47

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A uma semana da eleição presidencial mais disputada da história do México, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador e o conservador Felipe Calderón estão tecnicamente empatados nas pesquisas. Ambos com cerca de 35% das preferências. Como não há segundo turno, um deles pode virar presidente por poucos votos.

A estratégia de ambos é a de reforçar suas bases. Obrador dobrou suas promessas de justiça social e o clima de luta de classes, enquanto Calderón promete as benesses das reformas do "livre mercado". Ao mesmo tempo, tratam de arrancar votos do "espólio" do Partido Revolucionário Institucional (PRI). Depois de 70 anos em que os caudilhos do PRI se revezaram no poder, o partido deve ficar em um modesto terceiro lugar.

Seus eleitores podem migrar para o voto útil. "Os mexicanos sempre preferem o vencedor. É o efeito Brasil na Copa do Mundo. Como o México sempre perde cedo no mundial, os mexicanos acabam torcendo para o Brasil", aposta Arturo Sarukhan, chefe de campanha de Felipe Calderón.

Os dois não poderiam ser mais diferentes. O neoliberal conservador de Harvard e o populista que se orgulha de não conhecer o "mundo". Talvez as únicas semelhanças sejam que ambos tenham vindo de famílias de classe média baixa, do interior do país, e começado na política muito cedo.

O resultado será mais um capítulo na disputa entre esquerda e direita na América Latina, Alca ou Alba. O México tem peso para mudar a direção da balança. Com 107 milhões de habitantes e uma economia quase do tamanho da brasileira, é o país mais importante da América Latina depois do Brasil.





Fonte: Folha de S. Paulo

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