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Domingo - 25 de Junho de 2006 às 14:33

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A trajetória da personagem de Mônica Torres em Belíssima, da Globo, pode ser pouco convincente. Afinal, a invejosa Karen, de dona da agência Razzle-Dazzle, foi rebaixada a mera secretária da ex-sócia Rebeca, interpretada por Carolina Ferraz.

Talvez pelo inusitado, a atriz garante que vem se divertindo um bocado com as trapalhadas vividas pela ex-modelo. "É uma pequena canalha, uma amiga da onça", classifica.

Em sua segunda novela de Silvio de Abreu - ela também esteve em Rainha da Sucata -, Mônica confessa que está ansiosa com o desfecho que o autor dará a sua personagem.

Na reta final, a atriz conta que o clima de mistério atinge a todos do elenco, que tentam descobrir quem será o grande vilão da trama. "Se a gente está curioso, imagina como o público não deve estar doido para saber o que está reservado para o fim da novela?", empolga-se.

Belíssima está na reta final. Que balanço você faz da sua participação? Fico muito feliz por participar de uma história que tem elementos que prendem a atenção dos telespectadores. Além disso, estou adorando interpretar uma personagem que é dona de um caráter bem duvidoso.

A Karen é uma mesquinha, que, ao mesmo tempo, tem um humor bastante sutil e chega a beirar o sarcasmo. Esse é o grande barato. A novela, aliás, tem toda uma aura de mistério, que, por sinal, tem feito com que todo o elenco faça suas apostas. De vez em quando a gente se pega tentando descobrir quem será o grande vilão e os possíveis desfechos para os personagens.

E que final você vislumbra para a Karen? Espero que a Karen não acabe como está, pois mostra que não aprendeu muito com as trapaças que cometeu. Gostaria que ela tentasse um novo golpe e se desse mal novamente, se estrepasse, para que o público visse que não vale a pena as armações que ela comete.

A Karen, como você falou, é dona de um caráter duvidoso. A Nívea em Da Cor do Pecado, por sua vez, era uma mulher um tanto preconceituosa. Esse tipo de personagem é melhor de fazer do que as mocinhas?

Sem dúvida. Mas não tenho essa coisa de só querer fazer, por exemplo, a vilã. Ao contrário: onde tiver trabalho, estou fazendo e não importa como será a personagem. Confesso, contudo, que é um exercício maior para o ator compor personagens distantes da nossa realidade, pois a gente pode criar em cima. Não por acaso, a personagem que mais gostei de fazer até hoje foi a Madalena na novela Helena, da extinta Manchete, que era uma louca que vivia enclausurada num porão.

Uma personagem desse dá mais trabalho que um "normal"? Dá. A Madalena foi a personagem que me deu mais trabalho para criar, mas tive enorme prazer. Me empenhei muito. Trabalhei cada detalhe e percebo que foi uma construção muito boa. Escolhi minuciosamente cada gesto, cada trejeito, a maneira de olhar, entre outras características que deram muito certo, já que a personagem gerou uma boa repercussão. Mas também jamais esquecerei a primeira vez que atuei numa novela, em A Conquista, da TVE.

Era uma novela didática, não é? Como foi essa experiência? Melhor, impossível. Embora fossem apenas participações esporádicas, era bem diferente de qualquer outra novela. No meio da trama a gente parava e dava uma aula de Português, Matemática ou Estudos Sociais, entre outras matérias. Foi um aprendizado para mim, já que nunca havia feito tevê. Foi através dessa novela que fui parar na Globo, onde estreei em As Três Marias, de 1980, sendo dirigida pelo Herval Rossano.

Ele, por sinal, foi responsável pela minha formação na tevê. Dia desses, alguns colegas comentaram que eu não entro com o texto no estúdio. Mas é que fui acostumada assim. O Herval não proibia. Precisávamos estar com tudo decorado. Devo muito a ele.





Fonte: TV Press

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