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Al-Maliki apresenta "plano de reconciliação" ao Parlamento
O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, apresentou hoje ao Parlamento um "plano de reconciliação" para os grupos insurgentes, que prevê uma anistia para os que "não tenham as mãos manchadas de sangue iraquiano".
Durante a apresentação dos 24 pontos do plano, Al-Maliki se referiu em tom enérgico principalmente à insurgência liderada pelos árabes sunitas, que protagonizam a maior parte dos atentados e deixaram o país imerso na insegurança.
A iniciativa, a primeira desde a derrocada do regime de Saddam Hussein há mais de três anos, inclui a promessa de uma anistia para grande parte dos que foram presos por pertencerem a grupos insurgentes. Al-Maliki espera ajudar a minoria árabe sunita a participar do processo político e acabar com os grupos rebeldes. No entanto, o primeiro-ministro, um dos dirigentes do partido Dawa, insistiu em continuar com sua política de luta contra o terrorismo e contra aqueles que tentam levar o país a uma guerra civil sectária.
"Haverá uma anistia para os que não participaram dos atos criminosos e terroristas, nem dos crimes de guerra e contra a humanidade", afirmou al-Maliki, que acrescentou que "aqueles contra os quais não tenhamos provas dos seus crimes deverão ser libertados imediatamente".
O plano apresentado também inclui a abertura de um diálogo com as forças multinacionais para negociar a retirada gradual do Iraque.
Al-Maliki não especificou nenhuma data para o início das negociações.
O primeiro-ministro iraquiano também vai incluir medidas para legalizar a situação de alguns membros do Partido Baath (o partido de Saddam), cuja proibição deixou milhares de pessoas na ilegalidade, o que, segundo os observadores, fez com que muitos se unissem à insurgência.
Al-Maliki, que assumiu o cargo no último dia 20 de maio, afirmou que a violência cotidiana é um fato que precisa ser enfrentado "com firmeza".
Dirigiu-se aos rebeldes dizendo que sua oposição ao processo político será inútil, uma vez que o programa do Governo é muito claro, e que não terão outra alternativa a não ser deixar as armas e entrar no processo político.
"Apresentamos um ramo de oliveira aos que queiram se unir ao processo de paz, (mas) também apresentamos uma lei enérgica àqueles que continuarem se opondo a este processo (...) não haverá reconciliação para os criminosos responsáveis pela morte de iraquianos até que recebam sua pena", afirmou.
O plano de reconciliação também pede a dissolução das milícias armadas dos partidos políticos, no entanto, Al-Maliki não especificou como seu Governo vai acabar com as forças que impõem sua própria lei em vários bairros e cidades do país.
No final do discurso, o primeiro-ministro afirmou que seu Governo pedirá ao Parlamento durante os próximos dias que adote uma série de medidas necessárias para pôr em prática seu plano e especialmente os critérios para libertar os detidos.
Adnan al-Dulaimi, líder da Frente do Consenso Iraquiano, que reúne os partidos sunitas, mostrou seu apoio ao primeiro-ministro e pediu a libertação imediata do maior número possível de detentos nas prisões iraquianas e das forças americanas, especialmente os que foram declarados inocentes.
No entanto, os políticos xiitas rejeitaram qualquer reconciliação com membros do antigo partido governante Baath envolvidos em crimes contra os iraquianos.
Durante a apresentação dos 24 pontos do plano, Al-Maliki se referiu em tom enérgico principalmente à insurgência liderada pelos árabes sunitas, que protagonizam a maior parte dos atentados e deixaram o país imerso na insegurança.
A iniciativa, a primeira desde a derrocada do regime de Saddam Hussein há mais de três anos, inclui a promessa de uma anistia para grande parte dos que foram presos por pertencerem a grupos insurgentes. Al-Maliki espera ajudar a minoria árabe sunita a participar do processo político e acabar com os grupos rebeldes. No entanto, o primeiro-ministro, um dos dirigentes do partido Dawa, insistiu em continuar com sua política de luta contra o terrorismo e contra aqueles que tentam levar o país a uma guerra civil sectária.
"Haverá uma anistia para os que não participaram dos atos criminosos e terroristas, nem dos crimes de guerra e contra a humanidade", afirmou al-Maliki, que acrescentou que "aqueles contra os quais não tenhamos provas dos seus crimes deverão ser libertados imediatamente".
O plano apresentado também inclui a abertura de um diálogo com as forças multinacionais para negociar a retirada gradual do Iraque.
Al-Maliki não especificou nenhuma data para o início das negociações.
O primeiro-ministro iraquiano também vai incluir medidas para legalizar a situação de alguns membros do Partido Baath (o partido de Saddam), cuja proibição deixou milhares de pessoas na ilegalidade, o que, segundo os observadores, fez com que muitos se unissem à insurgência.
Al-Maliki, que assumiu o cargo no último dia 20 de maio, afirmou que a violência cotidiana é um fato que precisa ser enfrentado "com firmeza".
Dirigiu-se aos rebeldes dizendo que sua oposição ao processo político será inútil, uma vez que o programa do Governo é muito claro, e que não terão outra alternativa a não ser deixar as armas e entrar no processo político.
"Apresentamos um ramo de oliveira aos que queiram se unir ao processo de paz, (mas) também apresentamos uma lei enérgica àqueles que continuarem se opondo a este processo (...) não haverá reconciliação para os criminosos responsáveis pela morte de iraquianos até que recebam sua pena", afirmou.
O plano de reconciliação também pede a dissolução das milícias armadas dos partidos políticos, no entanto, Al-Maliki não especificou como seu Governo vai acabar com as forças que impõem sua própria lei em vários bairros e cidades do país.
No final do discurso, o primeiro-ministro afirmou que seu Governo pedirá ao Parlamento durante os próximos dias que adote uma série de medidas necessárias para pôr em prática seu plano e especialmente os critérios para libertar os detidos.
Adnan al-Dulaimi, líder da Frente do Consenso Iraquiano, que reúne os partidos sunitas, mostrou seu apoio ao primeiro-ministro e pediu a libertação imediata do maior número possível de detentos nas prisões iraquianas e das forças americanas, especialmente os que foram declarados inocentes.
No entanto, os políticos xiitas rejeitaram qualquer reconciliação com membros do antigo partido governante Baath envolvidos em crimes contra os iraquianos.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/292757/visualizar/
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