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Internacional
Domingo - 25 de Junho de 2006 às 11:20

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O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, apresentou ao Parlamento um plano de reconciliação nacional no domingo, mas não deu detalhes sobre como pretende acabar com o que chamou de "cenário feio" da vida no Iraque.

O plano tem sido tema de intensas negociações entre os partidos, divididos por questões sectários e étnicos, que compõem a coalizão de governo. Mas o resultado parece ter sido atingido com a ausência de vários pontos controversos.

Citando o derramamento de sangue e o caos que têm tornado a vida quase insuportável para muitos, o premiê muçulmano xiita que assumiu o cargo há um mês disse: "Temos que pôr um fim a este cenário feio."

Cinco pessoas morreram na explosão de dois carros-bomba em Bagdá, no domingo, nos ataques mais recentes.

Depois de um discurso de 15 minutos, Maliki obteve o apoio de líderes da minoria sunita que dominava o país na época de Saddam Hussein, e muitos dos quais se rebelaram contra o novo regime.

Não houve, no entanto, novos pedidos de negociações com os grupos de insurgentes sunitas, nem uma nova e clara linguagem para lidar com as milícias partidárias, a maioria integrante dos grupos xiitas e curdos no governo.

O plano de reconciliação seguiu as diretrizes da plataforma de Maliki lançada em maio. ANISTIA



"Haverá anistia para aqueles que não participaram de atos criminosos e terroristas e de crimes de guerra e crimes contra a humanidade", disse Maliki, confirmando um pedido para que o Exército norte-americano conceda anistia a cerca de 13 mil homens, na maioria sunitas, mantidos presos em cadeias dos Estados Unidos sem acusação.

"É claro que é um risco. É um risco que o governo iraquiano corre", disse o secretário de Defesa inglês, Des Browne, em relação à anistia.

"As pessoas devem reconhecer que isto é um indício significativo do processo que o governo de união nacional tem feito no Iraque e que mostra que eles podem lidar com a situação", disse à rede BBC de televisão.

Mencionando as ligações entre grupos armados e partidos no governo de união nacional, Maliki disse: "Os partidos políticos que fazem parte do governo devem rejeitar claramente os terroristas e saddamistas."





Fonte: Reuters

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