O Mega, sucessor do Megaupload, tem 50 milhões de arquivos, sendo 0,001% deles ilegais, informou o criador do serviço, Kim Dotcom, via Twitter. A legalidade dos conteúdos - ou seja, a garantia de que não violam direitos autorais - era uma das estratégias de Dotcom para manter o site "blindado" contra processos e investigações. O Megaupload foi fechado no ano passado após uma operação policial.
Apesar do baixo índice de arquivos ilegais, o Mega já recebeu 150 notificações de violação de copyright.
O Mega foi lançado no dia 20 de janeiro em uma suntuosa festa organizada por Dotcom, que se encontra em liberdade condicional na Nova Zelândia à espera de um julgamento de extradição por supostos crimes de pirataria informática previsto para agosto.
Desde que iniciou suas operações, o portal teve que retirar diversos conteúdos após receber 150 advertências por violação de direitos de propriedade intelectual, segundo o canal de TV neozelandês TVNZ.
O advogado de Dotcom nos EUA, Ira Rothken, disse que o portal reagiu com rapidez às notificações contra o Mega, que oferece até 50 gigabytes de armazenamento gratuito e a possibilidade que os usuários compartilhem seus arquivos através de uma chave codificada. "O Mega não quer que seus serviços de armazenamento sejam usados para propósitos ilegais", advertiu Rothken.
O lançamento do Mega coincidiu com o primeiro aniversário da operação do FBI e da polícia neozelandesa contra Dotcom e seu portal Megaupload na mansão do hacker em Auckland.
Além de Dotcom, também foram detidos três de seus sócios, enquanto as autoridades fecharam o Megaupload, confiscaram seus bens, congelaram suas contas e realizaram outras detenções na Europa.
Os EUA acusam o Megaupload de ter causado mais de US$ 500 milhões em perdas à indústria do cinema e da música ao transgredir direitos autorais e obter com isso lucros de US$ 175 milhões.
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