Filipinas extinguem pena de morte no país
A lei comuta de maneira automática as condenações à morte de cerca de 1.200 presos. Sete execuções aconteceram no país entre 1999 e 2000.
Só faltava a assinatura de Arroyo para as Filipinas se unirem ao grupo de três nações da região da Ásia-Pacífico (Austrália, Nova Zelândia e Timor Leste) onde não existe a pena capital.
A presidente enfrentou uma forte oposição de setores da sociedade filipina favoráveis à pena de morte, entre eles associações de parentes de vítimas de seqüestros e assassinatos. Ela argumentou que as execuções "mostraram não ser úteis ao seu principal objetivo, o de reduzir os crimes hediondos".
Arroyo também citou suas crenças católicas para explicar a rejeição à pena de morte. Mas foi acusada de oportunismo por acelerar o processo pouco antes das suas visitas ao Vaticano e à Espanha.
A oposição alega que a presidente tenta ganhar o apoio da influente Igreja Católica filipina, diante das acusações de fraude eleitoral e dos pedidos da oposição para renunciar. A crise no país já dura um ano.
A cerimônia de assinatura da lei contou com a presença de membros do governo, do Parlamento, da comunidade diplomática e de líderes religiosos. Foi a única atividade oficial prevista para este sábado. A presidente adiou outros compromissos devido a sua internação.
Ao sair do hospital, a Chefe de Estado seguiu com seu marido, Miguel Arroyo, para o Palácio de Malacañang, a residência presidencial. O casal foi recebido por centenas de seguidores.
A doença intestinal também obrigou a Arroyo a adiar em um dia sua viagem pela Itália, Vaticano e Espanha, que começará no domingo.
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