Contracepção contínua melhora sintomas menstruais
Publicado recentemente na Revista Brasileira de Medicina, o estudo denominado “Efeitos da associação etinilestradiol/gestodeno em uso contínuo no contorno dos sintomas durante a pausa contraceptiva” foi realizado na Faculdade de Medicina de Jundiaí (SP), utilizando o contraceptivo Gestinol, produzido pela Libbs Farmacêutica. Segundo os autores do estudo, a presença de sintomas no período da pausa contraceptiva tem sido pouco valorizada na prática clínica. “Diante de um efeito colateral, na maior parte das vezes, o médico costuma trocar o contraceptivo. Raramente é indagado o período em esse sintoma ocorre ou tem sua exacerbação. Os resultados do estudo mostraram que, para contornar os sintomas que ocorrem durante a pausa, o uso contínuo de contraceptivos pode ser uma medida simples e eficaz”, informa o texto publicado.
A Dra. Arícia Giribela, médica ginecologista do Hospital das Clínicas, de São Paulo, explica que, tradicionalmente, o uso dos anticoncepcionais se faz com pausas programadas mensais, para que ocorra o sangramento. “No entanto, tem-se questionado a real necessidade dessa pausa durante o uso de contraceptivos orais, principalmente em razão dos sintomas apresentados nesses períodos como náuseas, mastalgia (dor nas mamas), humor depressivo, cefaléia (dor de cabeça), dismenorréia (cólicas), entre outros, que se apresentam com maior intensidade”, completa.
Muitas mulheres, porém, ainda têm dúvidas sobre a interrupção do ciclo menstrual, por considerar a menstruação importante. As justificativas mais comuns entre aquelas que acham necessário o sangramento mensal são: tentar aproximar ao ciclo menstrual natural, "limpar" o organismo dos hormônios, certificar-se de que não engravidou e prevenir o sangramento inesperado. No entanto, segundo o Dr. Hugo Maia, diretor de pesquisas do CEPARH (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana), em Salvador (BA), nenhuma dessas razões têm comprovação científica. "Por isso o conhecimento sobre a ação hormonal dos contraceptivos é primordial para a mulher decidir se irá suspender a menstruação", declara o médico. Outra dúvida muito freqüente entre as pacientes é se a pílula causa infertilidade. O Dr. Hugo Maia explica que “estudos comprovam que o método anticoncepcional não altera a fertilidade da mulher. A mulher volta a ovular normalmente um a três meses após a interrupção do consumo da pílula”.
Diferentemente da menstruação natural, o sangramento mensal de quem usa a pílula anticoncepcional é resultante da pausa do consumo do medicamento e não da flutuação hormonal que ocorre no ciclo menstrual natural. A usuária de pílula recebe diariamente a mesma quantidade de hormônio que impede a ovulação e, por conseqüência inibe a proliferação do endométrio (parede interna do útero). Quando a mulher pára de tomar a pílula, ocorre um pequeno sangramento proveniente da descamação do endométrio, mas que não pode ser considerado menstruação, pois não houve ovulação nem preparação do útero para receber o óvulo fecundado. Com isso, o sangramento é bem menor, porém, para algumas mulheres, com os mesmos efeitos colaterais de uma menstruação natural.
O uso contínuo do Gestinol também se mostrou eficaz no tratamento da endometriose, doença progressiva que afeta de 5% a 10% das mulheres. Um estudo publicado na revista científica European Journal of Contraception & Reproductive Health Care mostrou que o uso contínuo da associação etinilestradiol/gestodeno (princípios ativos do Gestinol) por dois anos impede a recorrência dos cistos endometrióticos quando o tratamento for iniciado logo após o procedimento cirúrgico. No caso de miomas uterinos, o contraceptivo impede seu crescimento, reduz sangramentos e melhora consideravelmente o quadro de anemia se utilizado por dois anos.
Mais informações sobre cuidados com o corpo e contracepção podem ser encontradas no site www.sabermulher.com.br .
Sobre a Libbs
Presente no mercado de medicamentos éticos desde 1958, a Libbs Farmacêutica tem 976 funcionários, opera duas fábricas, uma no bairro da Pompéia e outra na cidade de Embu, em São Paulo. Distribuindo medicamentos em todo o País, e faturando cerca de 106 milhões de dólares por ano (dados de 2004, publicados pelo IMS), a empresa é um dos poucos laboratórios farmacêuticos no Brasil que mantêm uma unidade industrial de química fina para produção de insumos para a indústria farmacêutica. A empresa atua nas áreas ginecológica, cardiovascular, neuropsiquiátrica, gastroenterológica, respiratória, dermatológica e oncológica. Os produtos mais vendidos atualmente são: Diminut (contraceptivo), Libiam (reposição hormonal), Ancoron (antiarrítmico), Cebrilin (antidepressivo), Finalop (tratamento e prevenção da calvície masculina), entre outros.
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