Economia na lavoura pode chegar a R$ 220/ha
Dos 370 mil hectares de algodão plantados em Mato Grosso, apenas 74 mil/ha, o que equivale a cerca de 20% do total, são de algodão com variedades geneticamente melhoradas. A área restante é cultivada com variedades estrangeiras, especialmente dos Estados Unidos ou da Austrália, por isso não adaptadas ao clima e às doenças do Cerrado.
O coordenador do Programa de Melhoramento Genético do Algodão da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), Paulo Hugo Aguiar, destaca que as cultivares adaptadas conseguem um melhor desempenho sem perder a qualidade da fibra.
Atualmente, há no mercado cerca de 30 cultivares diferentes de algodão. Para a safra 05/06 a Fundação MT lançou três variedades distintas, que continuarão sendo comercializadas na safra 06/07. “Temos condições de todo ano colocar material novo no mercado, mas os ensaios ainda estão em fase de avaliação”.
A FMT 501, uma das variedades que começaram a ser comercializadas nesta safra pela Fundação MT, é apropriada para a safrinha de algodão (entre janeiro e fevereiro), uma vez que possui um ciclo precoce, de acordo com Aguiar. Ele explica que o ciclo da cultivar é de 10 a 15 dias menor que o da Fiber Max 966, por exemplo, uma das variedades padrão bastante difundidas entre os agricultores mato-grossenses. Já a FMT 702 é indicada para abertura da safra regular de algodão.
A FMT 702, de ciclo médio a tardio, é resistente a ramulose, uma das doenças que atacam as lavouras de algodão. De acordo com Aguiar, a variedade garante uma produtividade média de 250 arrobas/ha. O carro-chefe entre as cultivares da Fundação MT, porém, é a FMT 701, variedade que tem uma alta tolerância aos nematóides. Além disso, a cultivar responde de maneira rápida aos nutrientes do solo, o que garante um desenvolvimento mais ágil da planta.
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