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Polícia Brasil
Sábado - 24 de Junho de 2006 às 07:20
Por: Patrícia Neves

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A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso (Sejusp) aguarda uma resposta da Justiça de Catanduvas (PR) para poder transferir 16 presos considerados de alta periculosidade para a primeira unidade federal instalada no Brasil, inaugurada na manhã de ontem.

As 208 vagas da "Supermax" brasileira, o nome serve como alusão aos presídios americanos, vai abrigar detentos de todos os estados brasileiros pelo período de um ano. O nome de João Arcanjo Ribeiro encabeçou a listagem de nomes enviados à Justiça, mas quanto à saída dele do Estado, a decisão pode demorar a sair.

A demora é explicada porque o Tribunal Regional Federal (TRF) ainda analisa recurso apresentado pela Justiça Federal de Mato Grosso sobre a decisão de retirar o juiz da 1ª Vara local dos processos em que ele figura como réu. O nome dos presos contidos na lista são mantidos em sigilo, por questão de segurança.

A Justiça paranaense irá analisar primeiro os procedimentos dos membros de organizações criminosas, a exemplo do ex-cabo da Polícia Militar, Hércules Araújo Agostinho. Manter Arcanjo preso em Mato Grosso tem custado caro. A média mensal é de R$ 61 mil, sem que seja incluído na contabilidade gasto com energia elétrica do raio 5, que ele ocupa sozinho na Penitenciária do Pascoal Ramos. A presença dele exige ainda que verdadeiras operações de guerra sejam montadas a cada vez que o "Comendador" presta depoimento nos Fóruns de Cuiabá e Várzea Grande.

Além de Hércules, pessoas ligadas a facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho foram incluídas na lista enviada ao Ministério da Justiça pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Caso a Justiça do Paraná não aceite os pedidos de transferência feitos, Mato Grosso pode recorrer da decisão no Superior Tribunal Federal (STF).

Hoje não existe um número de vagas pré-determinado para cada um dos 27 estados dentro da "Supermax", mas São Paulo e Rio de Janeiro, que possuem a maior população carcerária, devem ficar com boa parte dessas vagas.





Fonte: A Gazeta

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