Depoimento de acusados será votado na quarta
Até ontem à noite tinham sido apresentados dez requerimentos para serem analisados na CPI dos Sanguessugas, instalada na última quinta-feira. Nove deles foram apresentados pelos deputados Carlos Sampaio e Júlio Redecker. Entre os pedidos também está a quebra dos sigilos bancário fiscal e telefônico dos acusados, entre janeiro de 2003 a junho de 2006.
A advogada de Maria da Penha Lino, Sandra Cristina Alves, comentou que ainda não há nada definido com a cliente sobre um provável depoimento na CPI das Sanguessugas. Sandra Cristina disse que já era esperado o requerimento para a presença da ex-assessora e que não há como deixar de ir ao depoimento, mas que Maria da Penha tem a opção de ficar calada em questões sobre as quais não tem conhecimento.
“Mas ainda não há nada definido. A princípio, como ela tem colaborado com todos os momentos da investigação até agora, creio que vá continuar com a mesma postura”, afirmou a advogada. Maria da Penha, em liberdade desde terça-feira, após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, está viajando.
O advogado da família Trevisan-Vedoin, Eduardo Mahon, explicou que ainda não conversou com os clientes sobre a possibilidade de um depoimento à CPI, mas que preliminarmente acredita que eles não tenham nada contra colaborar com os deputados.
Outros requerimentos são para que os membros da CPI solicitem junto à Corregedoria Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) de informações sobre eventuais irregularidades junto ao Ministério da Saúde que tenham qualquer relação com as denúncias de fraudes em processo licitatórios reveladas na Operação Sanguessuga.
Os deputados também pedem que os membros da CPI solicitem à Polícia Federal e à Procuradoria Geral da República (incluindo as subsidiárias em Mato Grosso) cópias de todas as investigações feitas durante a operação, dos requerimentos de instauração de inquérito contra parlamentares e das denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal.
Na próxima segunda-, o presidente e o relator da CPI, deputado federal Antônio Carlos Biscaia (PT/RJ) e senador Amir Lando (PMDB-RO), respectivamente, irão à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria Geral da República buscar informações sobre o andamento das investigações relativas ao caso. (AC)
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