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Sábado - 24 de Junho de 2006 às 06:00
Por: Oswaldo Faustino

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SÃO PAULO - Moradores do edifício de número 441 da Rua Fradique Coutinho estão revoltados com pichações que foram pintadas nas paredes do prédio, com os dizeres "Assassino! Mãe não se mata", seguidos de assinaturas (as chamadas tags de gangues de pichadores). Eles acreditam que os pichadores estejam manifestando sua revolta contra o professor Paulo Sérgio Baisi, de 46 anos, que assassinou com facadas a mãe dele, Bássima Sayee Bisi, de 80 anos, na tarde de quarta-feira.

O local do crime, porém, é o edifício da Rua Simão Alvares, 555, uma rua paralela à Fradique Coutinho, que é cercado de grades e no qual é impossível pintar inscrições. Ele fica cerca de 100 metros do prédio onde foi feita a pichação.

Para os moradores da Fradique Coutinho, a ação dos pichadores não se justifica. "Estamos sendo punidos por algo feito por uma pessoa que nem mora aqui", disse um dos moradores.

O crime praticado por Paulo Baisi teve grande repercussão tanto pelo fato de um filho assassinar a mãe, quanto pelo que o motivou: ele não gostou da comida que a mãe lhe serviu e a agrediu com a faca de cozinha. Depois ateou fogo no corpo dela.

A anciã morreu no Hospital das Clínicas e Paulo foi preso e autuado em flagrante na mesma tarde, no 14º Distrito Policial, de Pinheiros. Na noite de quinta-feira, já havia algumas pichações no prédio da Fradique, às quais foram acrescentadas outras, na noite de sexta e na madrugada deste sábado.





Fonte: Agência Estado

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