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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sexta - 23 de Junho de 2006 às 14:56

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A Aeronáutica confirmou hoje que, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já reservou cinco aviões para resgatar passageiros da Varig no exterior em caso de falência da companhia aérea e impossibilidade de retorno por meio de outras empresas.

A assessoria de imprensa da Aeronáutica disse que três aeronaves Embraer 145 (C-99) com capacidade de transporte de 45 pessoas foram colocadas de prontidão caso seja necessário repatriar brasileiros em países da América do Sul.

Para viagens à Europa ou América do Norte, permanecem em solo na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, dois Boeings 707 da FAB (Força Aérea Brasileira) conhecidos como "sucatões. Os aviões, com capacidade para o transporte de 160 pessoas cada um, eram utilizados pela Presidência da República.

A Aeronáutica não soube dar informações sobre a tripulação que seria responsável por essas viagens.

O Itamaraty informou que não tem uma programação para o resgate de passageiros, mas informou que já tem funcionários de plantão nos consulados brasileiros no exterior para atender aqueles que tenham problemas para retornar. O Ministério das Relações Exteriores também não soube estimar o custo para o governo com essa operação.

Ontem, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou pela primeira vez o total de passageiros da Varig que estão no exterior e têm volta prevista ao Brasil até o dia 30 deste mês. São 28 mil, cerca de 13 mil deles na Europa --5.600 na Alemanha. Os demais se distribuem pela América do Norte (4.000) e pela América do Sul (10.800).

Segundo a Anac, a Varig fechou acordos bilaterais com a Lufthansa (Alemanha), a Alitalia (Itália), a Avianca (Colômbia), a TAP (Portugal), a LanChile e a Delta e a United Airlines (EUA) para endossar bilhetes da companhia. Pelo menos duas companhias, entretanto, a Delta e a Alitalia, desmentiram a informação ontem, declarando que não aceitam mais o endosso de bilhetes Varig.

O presidente da Anac disse à Folha que ainda não era ponto pacífico que a Varig assumisse os custos com hospedagem e alimentação dos passageiros que aguardassem mais de quatro horas para embarcar.

Essa responsabilidade está prevista em lei, mas a Varig resiste, e Zuanazzi vinha tentando acertar com a empresa que a regra fosse cumprida. O Itamaraty está com um plantão em Brasília, das 8h à 0h, com quatro pessoas por turno de quatro horas, para monitorar a crise gerada pelo cancelamento de vôos e já preparada para a hipótese de a Varig parar definitivamente.

A Anac montou um gabinete de crise no Ministério da Defesa, que se encerra quando a Justiça do Rio decidir a mudança de gestão ou a a falência da Varig. Nesse último caso, entra em cena um plano de contingência para repasse das rotas da empresa a concorrentes.





Fonte: Folha online

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