Governo garante neste ano pagamento de diferença em leilões de soja
A grande dúvida dos produtores era saber se a diferença seria paga neste ano. "O pagamento neste ano é o mínimo que o governo deve fazer", comentou um produtor de Mato Grosso. Nos próximos dias, o governo fará dois leilões para apoiar a comercialização de 1,4 milhão de toneladas soja. Os dois mecanismos - o Prêmio de Equalização da Soja (Pesoja) e o Prêmio Equalizador pago ao Produtor (Pepro) - substituirão as opções privadas, programa que, após apenas uma leilão, foi cancelado pelo governo.
Nos dois mecanismos, os interessados (compradores ou indústrias) entram num leilão e arrematam um prêmio oferecido pelo governo. Ao arrematá-lo, eles ficam com a obrigação de pagar o "preço cheio" da soja aos vendedores. O governo bancará parte do preço. O objetivo é garantir renda ao produtor. A diferença entre os mecanismos é que num o prêmio é pago aos produtores e no outro às indústrias.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Rui Prado, disse que o apoio do governo "atende a um volume muito pequeno". Só em Mato Grosso, calculou, haveria necessidade de apoiar a comercialização de 1,5 milhão de toneladas de oleaginosa. Ele também criticou o preço máximo que será pago ao produtor de Mato Grosso na operação: R$ 22,50 por saca de 60 quilos. "Para cobrir o custo de produção, seria necessário pagar R$ 28 por saca", completou.
Comentários