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Economia
Sexta - 23 de Junho de 2006 às 09:39

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A diferença que caberá ao governo nas operações de apoio à comercialização de soja será paga neste ano, afirmou há pouco o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin. Ontem, o governo liberou, por meio da Medida Provisória (MP) 298, R$ 1 bilhão para apoiar a comercialização de grãos. Esse montante somou-se ao orçamento anterior da secretaria, que era de R$ 1,65 bilhão (R$ 650 milhões iniciais e R$ 1 bilhão liberado em abril, por meio de MP).

A grande dúvida dos produtores era saber se a diferença seria paga neste ano. "O pagamento neste ano é o mínimo que o governo deve fazer", comentou um produtor de Mato Grosso. Nos próximos dias, o governo fará dois leilões para apoiar a comercialização de 1,4 milhão de toneladas soja. Os dois mecanismos - o Prêmio de Equalização da Soja (Pesoja) e o Prêmio Equalizador pago ao Produtor (Pepro) - substituirão as opções privadas, programa que, após apenas uma leilão, foi cancelado pelo governo.

Nos dois mecanismos, os interessados (compradores ou indústrias) entram num leilão e arrematam um prêmio oferecido pelo governo. Ao arrematá-lo, eles ficam com a obrigação de pagar o "preço cheio" da soja aos vendedores. O governo bancará parte do preço. O objetivo é garantir renda ao produtor. A diferença entre os mecanismos é que num o prêmio é pago aos produtores e no outro às indústrias.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Rui Prado, disse que o apoio do governo "atende a um volume muito pequeno". Só em Mato Grosso, calculou, haveria necessidade de apoiar a comercialização de 1,5 milhão de toneladas de oleaginosa. Ele também criticou o preço máximo que será pago ao produtor de Mato Grosso na operação: R$ 22,50 por saca de 60 quilos. "Para cobrir o custo de produção, seria necessário pagar R$ 28 por saca", completou.





Fonte: 24Horas News

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