Justiça da Espanha condena brasileiro por crimes sexuais
A sentença, anunciada ontem na seção quinta da Audiência Provincial de Madri, condenou o acusado a uma pena de 326 anos, além ao pagamento de mais de US$ 700 mil de indenização às suas vítimas.
O tribunal considerou Silva responsável por 17 estupros e duas tentativas, oito roubos com violência sexual e intimidação, além de cinco delitos de lesão.
Segundo as conclusões do promotor, Juvenilson Dias abordou 19 mulheres às quais intimidou com uma faca e agrediu sexualmente, atuando sempre da mesma forma.
Em todos os casos, Silva abordou suas vítimas nas ruas e as levava a lugares afastados e depois do estupro ameaçava matá-las caso gritassem denunciando sua fuga.
O promotor destacou em seu relatório final que, apesar do acusado ter reconhecido seus delitos, a gravidade dos mesmos levaram a promotoria a pedir uma punição maior que a pena máxima de 20 anos estipulada pelo Código Penal espanhol.
Todas as acusações particulares - uma delas apresentada pela Associação de Assistência a Mulheres Violentadas -foram reunidas nesta solicitação.
O advogado de defesa, Eduardo Ezequiel García Peña, se opôs ao pedido e destacou a colaboração de seu cliente no processo.
O tribunal admitiu o pedido do promotor e das acusações, mas adverte que esta decisão não representa a possibilidade de conceder benefícios penitenciários ao condenado em função das "circunstâncias excepcionais" da reabilitação ao qual será submetido.
Comentários