Empresariado se reúne para debater iniciativas empreendedoras
Palestrantes de renome no Estado foram escalados para discorrer sobre o tema Comércio Exterior e Políticas de Desenvolvimento Econômico. O workshop se inicia pontualmente às 8 horas, no auditório da Faculdade de Direito (Unemat) em Cáceres.
"Estamos avançando bem no que diz respeito a um incentivo declarado ao empresariado que deseja investir com maior segurança e desenvoltura em seus projetos em MT”. A declaração é do economista Vivaldo Lopes, consultor da Fundação Getúlio Vargas, que também proferirá uma palestra voltada ao Comércio Exterior no workshop.
Lopes aplaude o sucesso desses workshops, frisando que eles têm abraçado a questão de comércio exterior, “tornando-se um divisor de águas importante para o empresariado galgar mais avanços em suas metas de diversificar o arsenal produtivo, capacitando-se assim para exportar”.
Um dos enfoques de suas palestras é o de desmontar a tese de que a segurança econômica de determinado empreendimento pode ser resguardada pela manutenção de uma linha produtiva tradicional.
“O mercado é receptivo, mas também é muito exigente” – alerta o economista. “De um modo em geral – prossegue Vivaldo - há quem imagine que sua empresa pode se manter continuamente estável se evitar buscar aprimoramento que implica em altos custos para a obtenção de melhor qualidade e eficiência, até mesmo de um maior volume produtivo. O que pode realmente acontecer em determinada época ou apenas por um curto período, não sendo garantida a perpetuidade dessa ‘estabilidade’ comodista”.
Ele explica que a diversificação é uma etapa segura para se avançar também economicamente. “Resumindo: o empresário deve sempre apostar em inovações que tenham um formato original do seu negócio, não vacilando em buscar fórmulas alternativas exeqüíveis à sua proposição de estar afinado com o mercado atual em suas várias frentes produtivas. Acomodar-se é se situar num tempo que já passou e que não permite vacilos”.
Já confirmaram presença no Workshop de Cáceres diversos empresários dos municípios de Cáceres e Mirassol d’Oeste. A exemplo de outros eventos semelhantes, o público alvo deve se concentrar basicamente em estudantes e profissionais militantes nas áreas de economia e administração.
Representando a FACMAT – Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso, uma das parceiras no projeto, o superintendente da instituição, Manuel Gomes da Silva, fará a palestra inicial - ‘O Papel do Associativismo’. Na seqüência, palestram o economista Vivaldo Lopes (‘Perspectiva da Economia de MT’) e Marisa Cortese - UNEMAT (‘Práticas de Comércio Exterior’). O economista Pagot participa como mediador dos trabalhos, conduzindo o encerramento do workshop.
Mais duas palestras acontecem no período vespertino, a cargo do consultor Serafim Carvalho de Melo (“O Potencial do Mercado de MT com os Países Andinos” e “Linhas de Crédito MT”). Esta última será proferida pelo gerente de Planejamento Estratégico da MT Fomento, Carlos Roberto Vieira.
Os interessados podem se inscrever até minutos antes de o evento ser iniciado, à entrada do Auditório da Faculdade de Direito da UNEMAT.
Economistas apontam potencialidade exportadora do Estado
Na opinião dos economistas que têm participado dos workshops que incentivam o empresariado a investir em comércio exportador, potencial não falta a Mato Grosso. Segundo Luiz Antônio Pagot, o Estado vive ainda momentos de expectativa anunciada, apesar de dispor de uma estrutura compatível à implantação de projetos de cunho exportador que já poderiam ter sido viabilizados. Ele acredita que não faltam alternativas no território capazes de impulsionar uma série de opções empresariais parcialmente exploradas ou ainda sem qualquer linha de frente produtiva de qualidade reconhecida.
Nas palestras que profere nos workshops, o economista tem conclamado o empresariado mato-grossense a buscar incessantemente saídas viáveis que possibilitem o deslanchar de metas empreendedoras.
A mensagem direta dos especialistas em economia reside basicamente na ousadia estruturada dos investimentos. Conforme orientam, eles devem ser direcionados a setores estrategicamente assinalados como faixas promissoras de uma produção de alto nível. "Ela deve ser voltada também à exportação, sem perder referência à linha de diversificação com a marca MT e igualmente estruturada em boa qualidade", sintetiza Vivaldo Lopes:
“As fronteiras da exportação se descortinam espontaneamente diante daqueles que querem investir e não se intimidam com os percalços que se apresentam no caminho de qualquer empreendimento arrojado, mesmo que tenha um perfil humilde”.
Já na interpretação de Pagot, Mato Grosso não tem os pés firmes somente na agropecuária, pois ostenta fontes produtivas de riquezas que têm passado ao largo da atenção empresarial. “E lá fora, sabemos, descortina-se um mundo amplamente receptivo aos projetos que podem ser originados da determinação empresarial em ir avante, transformando-se em produtos de consumo coletivo dentro e fora das fronteiras brasileiras”.
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