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Presidente afegão pede nova abordagem no combate ao "terror"
O presidente afegão Hamid Karzai criticou nesta quinta-feira a campanha da coalizão liderada pelos Estados Unidos no país, afirmando que as mortes de centenas de afegãos, incluindo militantes talebans, são inaceitáveis e que o governo precisa de mais ajuda.
Quatro anos depois queda do regime taleban, o país está mergulhado em violência. Para tentar restaurar a ordem, as forças de coalizão lançaram uma ofensiva contra militantes fundamentalistas no sul do Afeganistão. Mias de 600 pessoas, a maioria milicianos, morreram desde maio.
Frustrado com a abordagem das tropas estrangeiras presentes no Afeganistão, Karzai disse que as caçadas aos militantes não atingem as raízes do "terrorismo".
"Eu acredito sinceramente que deveríamos buscar uma estratégia para desbaratar o terrorismo cortando suas fontes de financiamento, treinamento, equipamentos e motivação", prosseguiu o presidente afegão.
"É inaceitável para nós que afegãos estejam morrendo em meio a toda essa violência. Nas últimas três ou quatro semanas, de 500 a 600 afegãos foram mortos. Mesmo os talebans. Eles também são filhos dessa terra", afirmou.
Na semana passada, forças estrangeiras e afegãs iniciaram a mais ampla ofensiva desde a queda do regime liderado pelo Taleban, no fim de 2001. Mais de 10 mil soldados participam das operações, americanos em sua maioria.
Poucas horas depois do discurso de Karzai, militares dos EUA anunciaram ter atacado um "conhecido complexo inimigo" na província de Uruzgan, matando oito insurgentes e capturando outros seis.
Mais cedo, o comando militar americano havia informado que quatro soldados dos EUA morreram e um ficou ferido na quarta-feira, quando tentavam conter um deslocamento rebelde na província de Nuristão, no leste afegão.
Mensagem de al-Zawahri Enquanto isso, o médico egípcio Ayman al-Zawahri, número 2 na hierarquia da rede extremista Al-Qaeda, conclamou os afegãos a se insurgirem contra as tropas americanas.
O pedido foi feito em uma mensagem de vídeo atribuída ao egípcio e colocada em uma página na internet conhecida por divulgar comunicados de extremistas islâmicos. Karzai, por sua vez, qualificou Zawahri como um "inimigo do povo afegão".
A gravação de três minutos e meio é intitulada "Crimes Americanos em Cabul" e aparentemente foi feita no dia seguinte a um acidente no qual um engavetamento provocado por um caminhão militar dos EUA na capital afegã provocou a morte de cinco pessoas e desencadeou distúrbios que provocaram mais 20 mortes em Cabul em 29 de maio.
Questionado sobre a fita, Karzai culpou Zawahri pelo sofrimento dos afegãos antes e depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
"Antes de ser inimigo do resto do mundo, ele é inimigo do povo afegão", declarou Karzai. "Ele mata afegãos há anos, milhares de pessoas. Depois ele foi aos Estados Unidos e destruiu as torres gêmeas", comentou.
Quatro anos depois queda do regime taleban, o país está mergulhado em violência. Para tentar restaurar a ordem, as forças de coalizão lançaram uma ofensiva contra militantes fundamentalistas no sul do Afeganistão. Mias de 600 pessoas, a maioria milicianos, morreram desde maio.
Frustrado com a abordagem das tropas estrangeiras presentes no Afeganistão, Karzai disse que as caçadas aos militantes não atingem as raízes do "terrorismo".
"Eu acredito sinceramente que deveríamos buscar uma estratégia para desbaratar o terrorismo cortando suas fontes de financiamento, treinamento, equipamentos e motivação", prosseguiu o presidente afegão.
"É inaceitável para nós que afegãos estejam morrendo em meio a toda essa violência. Nas últimas três ou quatro semanas, de 500 a 600 afegãos foram mortos. Mesmo os talebans. Eles também são filhos dessa terra", afirmou.
Na semana passada, forças estrangeiras e afegãs iniciaram a mais ampla ofensiva desde a queda do regime liderado pelo Taleban, no fim de 2001. Mais de 10 mil soldados participam das operações, americanos em sua maioria.
Poucas horas depois do discurso de Karzai, militares dos EUA anunciaram ter atacado um "conhecido complexo inimigo" na província de Uruzgan, matando oito insurgentes e capturando outros seis.
Mais cedo, o comando militar americano havia informado que quatro soldados dos EUA morreram e um ficou ferido na quarta-feira, quando tentavam conter um deslocamento rebelde na província de Nuristão, no leste afegão.
Mensagem de al-Zawahri Enquanto isso, o médico egípcio Ayman al-Zawahri, número 2 na hierarquia da rede extremista Al-Qaeda, conclamou os afegãos a se insurgirem contra as tropas americanas.
O pedido foi feito em uma mensagem de vídeo atribuída ao egípcio e colocada em uma página na internet conhecida por divulgar comunicados de extremistas islâmicos. Karzai, por sua vez, qualificou Zawahri como um "inimigo do povo afegão".
A gravação de três minutos e meio é intitulada "Crimes Americanos em Cabul" e aparentemente foi feita no dia seguinte a um acidente no qual um engavetamento provocado por um caminhão militar dos EUA na capital afegã provocou a morte de cinco pessoas e desencadeou distúrbios que provocaram mais 20 mortes em Cabul em 29 de maio.
Questionado sobre a fita, Karzai culpou Zawahri pelo sofrimento dos afegãos antes e depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.
"Antes de ser inimigo do resto do mundo, ele é inimigo do povo afegão", declarou Karzai. "Ele mata afegãos há anos, milhares de pessoas. Depois ele foi aos Estados Unidos e destruiu as torres gêmeas", comentou.
Fonte:
AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/293205/visualizar/
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