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Internacional
Quinta - 22 de Junho de 2006 às 19:50

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O presidente argentino, Néstor Kirchner, pediu hoje aos empresários espanhóis que "percam o medo" e façam negócios na Argentina, usando o argumento de que agora "há maior segurança para os investimentos do que na década de noventa".

Em um encontro com empresários organizado pelas Câmaras de Comércio durante seu segundo dia de visita oficial à Espanha, Kirchner afirmou que se o momento macroeconômico argentino de então fosse analisado, seria constatado que a crise de 2001 era "previsível" e "com certeza não pegou de surpresa" nenhum investidor espanhol.

Essa situação, acrescentou, é diferente da atual, já que a economia do país agora está "estabilizada".

Kirchner ressaltou que a Argentina está "saindo do inferno" e que o progresso será consolidado se não voltar a cair no engano de "se superestimar" e repetir os erros do passado.

No entanto, afirmou que a autocrítica deve ser compartilhada por todos, porque "às vezes vemos as coisas acontecerem e não fazemos nada".

Para atrair o investimento espanhol, o presidente lembrou que o crescimento do PIB argentino em 2005 teve uma das porcentagens mais altas do mundo, 9,2%, e que desde o segundo trimestre de 2002, quando a recuperação econômica do país começou, o PIB acumula uma alta de 34,2%.

Além disso, Kirchner explicou que a inflação está controlada e que a pobreza passou de 72% nos anos 90 para 36% hoje, enquanto a indigência caiu de 27% para 11%.

Também ressaltou que as diferenças de interesses entre o Governo e o empresariado estão sendo solucionadas "paulatinamente", por isso pediu que "todos façam um esforço" para estabelecer um diálogo sincero que "permita chegar a um entendimento".

Assim, Kirchner repetiu que as portas da Argentina estão abertas ao investimento espanhol, porque ajudarão a consolidar "definitivamente" a economia do país. Além disso, disse que a Espanha "tem um papel-chave" nas relações entre Argentina e União Européia (UE).

Néstor Kirchner também falou sobre os Governos latino-americanos qualificados de populistas, como o de Hugo Chávez na Venezuela e o de Evo Morales na Bolívia, e advertiu que estes Governos não são "mais ou menos populistas", mas "de caráter progressista".

Na Bolívia, garantiu que haverá um "processo de adequação e reconstrução paulatina" e que é preciso entender que o país está tentando sair de uma situação "de destruição".

Quanto à Venezuela, Kirchner afirmou que é um país "muito solidário" com seus vizinhos, e disse que se os Estados Unidos comercializam com ele, os demais países da região também têm direito a fazê-lo.





Fonte: EFE

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