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Internacional
Quinta - 22 de Junho de 2006 às 19:00

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Enquanto a Varig perde mercado e opera com menos de 20 aeronaves, a TAM e a Gol reforçam frotas e ampliam número de vôos para atender os órfãos da ex-maior companhia aérea do país.

Até as 11h desta quinta-feira, a Varig havia cancelado 33 vôos dos 84 programados, sendo 23 nacionais (de 66 previstos) e 10 internacionais (de 18 planejados), segundo dados da Infraero.

A Gol recebeu esta semana mais um avião 737-300, sua 49a aeronave, para fazer o trecho Vitória/ Guarulhos(SP)/ Goiânia/ Brasília/Teresina.

De sexta-feira a domingo, a novata do setor também reforça o número de vôos, colocando mais 47 até a próxima segunda-feira para São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Belo Horizonte.

"O novo avião já é um reforço, não estava previsto", disse a assessoria da Gol.

Até o fim do ano, a empresa prevê ter uma frota de 60 aviões, 10 vezes mais do que no início da sua operação, em janeiro de 2001. A partir de julho, começa a receber a encomenda firme de 60 aviões 737-800 da Boeing.

Já a líder de mercado TAM foi mais ágil na corrida pelos passageiros da Varig e anunciou na quarta-feira a introdução de mais 14 vôos para Brasília, Porto Alegre, Curitiba, partindo de Congonhas (SP), até sexta-feira, quando pode ser decidido o destino da Varig.

Para sábado, a empresa informou nesta quinta-feira que programou mais cinco vôos extras para os mesmos destinos, enquanto que para domingo serão mais quatro, incluindo um para Manaus.

"Além disso, a TAM está recebendo passageiros com bilhetes aéreos endossados em seus vôos regulares, domésticos e internacionais, inclusive utilizando a operação de sua subsidiária TAM Mercosur, com a única limitação de haver assento disponível nas aeronaves", informou a companhia em um comunicado.

A frota da TAM também foi aumentada em cinco aviões este ano, para 83 no total, e a previsão é fechar o ano com 90 aviões, cinco a mais do que o projetado em dezembro de 2005.

A participação da Varig no mercado de aviação doméstico caiu em maio para 14,4 por cento, ante 16,51 por cento em abril, conforme a agência reguladora do setor, Anac. No mesmo período, a fatia da Gol cresceu de 33,34 para 33,64 por cento, e a da TAM evoluiu de 44,28 para 45,64 por cento. CONTINGÊNCIA

O consórcio NV Participações, formado por trabalhadores da Varig e único a apresentar proposta no leilão da companhia, em 8 de junho, tem até sexta-feira para depositar a primeira parcela de 75 milhões de dólares pela compra da empresa.

Se o depósito não for feito e a Justiça determinar a falência da companhia, será implantado um plano de contingência que a Anac vem preparando há dois meses, segundo a assessoria do órgão, que inclui a distribuição de linhas nacionais e internacionais entre as empresas.

Até a decisão de sexta-feira, as empresas regulares do setor —TAM, Gol, OceanAir e WebJet— estão endossando passagens da Varig dependendo da disponibilidade dos aviões, sem esperar nada em troca, dentro de um plano emergencial proposto pela Anac.

De acordo com a assessoria da agência, as companhias estão usando apenas os lugares ociosos dos seus aviões para transportar os passageiros da Varig, por isso não precisarão ser ressarcidas.

"Dependendo da decisão da Justiça será implantado o plano de contingência definitivo e o esquema é diferente", informou a assessora da Anac nesta quinta-feira, sem adiantar o novo plano, e antes de entrar em uma reunião onde serão discutidos os direitos do consumidor, em Brasília.





Fonte: Terra

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