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Internacional
Quinta - 22 de Junho de 2006 às 17:15

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O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse hoje que o país manterá sua política de ataques contra militantes palestinos, apesar do crescente número de vítimas civis que esse tipo de operação tem deixado nas últimas semanas na Faixa de Gaza. Em discurso feito em uma conferência econômica realizada hoje em Jerusalém, Olmert expressou seu pesar "do fundo" de seu coração pela morte de civis nos recentes ataques aéreos em Gaza, mas defendeu a política de atacar milicianos palestinos para impedir o lançamento de foguetes contra o território do Estado judeu. "Israel continuará realizando ataques seletivos contra terroristas e aquelas pessoas que tentarem atingir cidadãos israelenses", afirmou.

Nas últimas duas semanas, o Exército israelense matou 37 palestinos, entre eles sete crianças e adolescentes menores de 18 anos, informou hoje o Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

O número de vítimas fatais inclui os membros da família Ghalia, mortos na praia de Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, e uma mulher grávida de sete meses e seu irmão, que perderam a vida ontem em um ataque aéreo em Khan Yunes.

A Força Aérea israelense iniciou hoje uma investigação técnica sobre os erros ocorridos em seus últimos ataques contra militantes palestinos em Gaza, embora não vá suspender essas operações, segundo declarações do seu chefe, general Eliezer Shkedi.

"Enquanto não houver operações em terra contra os terroristas, somos a única e a mais precisa alternativa", disse o oficial israelense, segundo a rádio pública do Estado judeu.v "A crescente freqüência com que mulheres e crianças palestinas têm sido vítimas dos mísseis israelenses em uma era de equipamentos militares de alta precisão indica uma deliberada intenção de Israel de causar o máximo de danos humanos, físicos e psicológicos", afirmou em um comunicado o presidente da ANP, Mahmoud Abbas.

Abbas e Olmert tiveram hoje na cidade jordaniana de Petra um encontro informal, após o qual ambos decidiram participar de uma reunião nas próximas semanas.

Por sua vez, um porta-voz do Hamas afirmou hoje que o encontro Olmert-Abbas é uma desgraça para o sangue palestino derramado por Israel.





Fonte: EFE

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