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Internacional
Quinta - 22 de Junho de 2006 às 16:00

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O Governo da Somália e a União das Cortes Islâmicas (UCI) assinaram nesta quinta-feira um acordo de reconhecimento mútuo, cessar-fogo e o fim das troca de acusações. O acordo foi assinado pelo presidente da Somália, Abdula Yusef Ahmed, e pelo chefe da delegação da UCI, Mohammed Ali Ibrahim, em Cartum, capital do Sudão, após conversas promovidas pelo Governo sudanês e pela Liga Árabe.

O convênio também prevê a retomada do diálogo entre representantes do Governo somali e as milícias da UCI em 15 de julho, em Cartum. Além disso, estipula a abertura de processos contra as pessoas envolvidas em crimes de guerra cometidos durante a guerra civil que castiga a Somália há mais de 15 anos.

Fontes próximas às conversas disseram que houve a decisão de continuar as negociações para "resolver assuntos políticos e de segurança pendentes".

O encontro ocorreu dentro da Comissão da Somália da Liga Árabe, a pedido do presidente do Sudão, Omar Hassan Ahmad al-Bashir, em uma tentativa de conseguir um cessar-fogo e evitar uma hipotética intervenção estrangeira no país, após as recentes afirmações da UCI de que as tropas etíopes tinham entrado na Somália.

Também foram a Cartum o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, o primeiro-ministro somali, Ali Mohammed Ghedi, e o presidente do Parlamento da Somália, Sharif Hassan Sheikh Áden.

Participaram ainda representantes dos países-membros da Comissão da Liga Árabe para a Somália: Sudão, Omã, Arábia Saudita, Iêmen, Djibuti, Egito, Líbia, Tunísia, Argélia, Síria e Jordânia.

Antes desta reunião, a comissão da Liga Árabe havia se reunido separadamente, com representantes da delegação da UCI e do Governo somali.

As milícias islâmicas da UCI assumiram o controle de Mogadiscio após expulsar dessa cidade as forças da Aliança Antiterrorista e de Restauração da Paz, e agora controlam também toda a região sul do país, incluindo a área fronteiriça com a vizinha Etiópia.

A Somália, um dos 22 membros da Liga Árabe, vive uma situação de caos desde janeiro de 1991, quando os chefes dos clãs tribais, controlados pelos "senhores da guerra", derrubaram o regime do ditador Mohammed Siad Barre.





Fonte: EFE

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