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Presidente da França parece cansado e deprimido, diz aliado
Jacques Chirac está em frangalhos, afirmou um aliado dele nesta quinta-feira, mostrando-se preocupado com o presidente francês, enfraquecido politicamente devido a distúrbios de rua, a protestos de trabalhadores e a um primeiro-ministro dado a gafes.
Chirac, de 73 anos, vem sendo pressionado por membros de seu próprio partido, a UMP, a demitir o premiê Dominique de Villepin após o protegido dele ter, na terça-feira, acusado o líder da oposição de covardia, provocando mais uma tempestade no cenário político da França.
O presidente ainda não se manifestou sobre a crise mais recente a abater-se sobre seu governo, e Paul-Henri Cugnenc, um deputado da UMP, disse que Chirac já não parecia tão disposto quanto antes.
"Pode-se perceber um certo cansaço nele, o que é surpreendente porque ele sempre foi hiperativo", disse Cugnenc, que também trabalha como médico em um hospital de Paris.
"Acho que ele está um pouco deprimido. É um caso de melancolia, no sentido popular da palavra, não de depressão médica que demande tratamento", afirmou ao jornal Le Parisien.
A saúde de Chirac transformou-se em uma questão de debate desde que o presidente deu entrada em um hospital, em setembro passado, devido a um problema vascular que afetou sua visão e que provocou dores de cabeça. Após o episódio, os médicos disseram que a saúde do presidente é boa.
Chirac deveria ter celebrado um momento alto de sua Presidência quando, nesta semana, inaugurou o Musée du Quai Branly, uma gigantesca instalação dedicada à arte indígena e defendida pelo dirigente.
Mas a glamourosa cerimônia acabou sendo dominada pela acusação de "covardia" atirada por Villepin contra o líder do Partido Socialista da França, François Hollande, o assunto mais recente a tomar conta das manchetes de jornal do país. TRISTEZA
O diário Le Figaro afirmou que, segundo um ministro presente ao evento, realizado na terça-feira, no palácio presidencial, havia "muita tristeza" nos olhos de Chirac.
Os índices de popularidade do presidente escorregaram nos últimos meses e, segundo analistas, depois de mais de 11 anos no cargo, é muito improvável que ele tente eleger-se novamente no próximo ano.
Mas alguns aliados afirmam que o bloco conservador corre o risco de perder votos, independente de seu candidato, devido ao estilo belicoso de Villepin no cenário político. Muitos pediram a Chirac que tire seu aliado do cargo antes do feriado nacional de 14 de julho, que dá início ao recesso de verão.
"O pesadelo", escreveu o Le Parisien em sua manchete de primeira página, referindo-se às dificuldades enfrentadas pelo premiê.
Villepin assumiu o cargo em junho de 2005, mas seu brilho diminuiu de forma dramática nos últimos meses, enquanto ele testemunhava uma onda de distúrbios provocados por jovens, uma tentativa fracassada de aprovar uma nova lei trabalhista e acusações de que teria usado a máquina estatal para tentar manchar a imagem de um rival, o ministro do Interior Nicolas Sarkozy.
Chirac, de 73 anos, vem sendo pressionado por membros de seu próprio partido, a UMP, a demitir o premiê Dominique de Villepin após o protegido dele ter, na terça-feira, acusado o líder da oposição de covardia, provocando mais uma tempestade no cenário político da França.
O presidente ainda não se manifestou sobre a crise mais recente a abater-se sobre seu governo, e Paul-Henri Cugnenc, um deputado da UMP, disse que Chirac já não parecia tão disposto quanto antes.
"Pode-se perceber um certo cansaço nele, o que é surpreendente porque ele sempre foi hiperativo", disse Cugnenc, que também trabalha como médico em um hospital de Paris.
"Acho que ele está um pouco deprimido. É um caso de melancolia, no sentido popular da palavra, não de depressão médica que demande tratamento", afirmou ao jornal Le Parisien.
A saúde de Chirac transformou-se em uma questão de debate desde que o presidente deu entrada em um hospital, em setembro passado, devido a um problema vascular que afetou sua visão e que provocou dores de cabeça. Após o episódio, os médicos disseram que a saúde do presidente é boa.
Chirac deveria ter celebrado um momento alto de sua Presidência quando, nesta semana, inaugurou o Musée du Quai Branly, uma gigantesca instalação dedicada à arte indígena e defendida pelo dirigente.
Mas a glamourosa cerimônia acabou sendo dominada pela acusação de "covardia" atirada por Villepin contra o líder do Partido Socialista da França, François Hollande, o assunto mais recente a tomar conta das manchetes de jornal do país. TRISTEZA
O diário Le Figaro afirmou que, segundo um ministro presente ao evento, realizado na terça-feira, no palácio presidencial, havia "muita tristeza" nos olhos de Chirac.
Os índices de popularidade do presidente escorregaram nos últimos meses e, segundo analistas, depois de mais de 11 anos no cargo, é muito improvável que ele tente eleger-se novamente no próximo ano.
Mas alguns aliados afirmam que o bloco conservador corre o risco de perder votos, independente de seu candidato, devido ao estilo belicoso de Villepin no cenário político. Muitos pediram a Chirac que tire seu aliado do cargo antes do feriado nacional de 14 de julho, que dá início ao recesso de verão.
"O pesadelo", escreveu o Le Parisien em sua manchete de primeira página, referindo-se às dificuldades enfrentadas pelo premiê.
Villepin assumiu o cargo em junho de 2005, mas seu brilho diminuiu de forma dramática nos últimos meses, enquanto ele testemunhava uma onda de distúrbios provocados por jovens, uma tentativa fracassada de aprovar uma nova lei trabalhista e acusações de que teria usado a máquina estatal para tentar manchar a imagem de um rival, o ministro do Interior Nicolas Sarkozy.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/293329/visualizar/
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