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Internacional
Quinta - 22 de Junho de 2006 às 11:05

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O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein mantém nesta quinta-feira a greve de fome iniciada ontem em protesto contra a morte de Khamis al Obeidi, um de seus advogados de defesa.

"Saddam e outros 55 detidos [ex-oficiais do regime do ex-ditador] estão em greve de fome desde ontem, após o assassinato se Al Obeidi", afirmou o chefe da equipe de defesa, Khalil al Dulaimi.

Segundo ele, a greve começou com o objetivo de "obter garantias dos Estados Unidos e da comunidade internacional sobre a proteção de membros da equipe de defesa".

"A equipe de defesa entrou em contato com a União Árabe de Advogados, a União Internacional de Advogados, a ONU e outras partes envolvidas para evitar o assassinato de outros advogados", afirmou Al Dulaimi.

Um porta-voz do Exército americano afirmou, no entanto, que "não tem notícias sobre a greve".

O ex-ditador e sete de seus ex-colaboradores são acusados das mortes de 148 xiitas em Dujail, norte do Iraque, em 1982, após uma tentativa de assassinato contra Saddam. Seqüestro

Al Obeidi, um iraquiano sunita que representava Saddam e seu meio-irmão, Barzan Ibrahim, no processo, foi morto a tiros nesta quarta-feira em Bagdá, após ser seqüestrado por um grupo de homens vestidos com uniformes da polícia em sua casa.

Seu corpo foi encontrado com marcas de tiros na região xiita de Sadr City, de acordo com a polícia. Al Obeidi --que estava na faixa dos 50 anos e tinha seis filhos-- foi o terceiro membro da equipe de defesa de Saddam a ser assassinado desde o início do processo, em 19 de outubro.

Foi a terceira morte de um membro da equipe de defesa do ex-ditador desde o início do julgamento. Um dia após o início do julgamento, cerca de dez homens mascarados seqüestraram o advogado Saadoun al Janabi de seu escritório em Bagdá. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte com marcas de tiros.

Cerca de três semanas depois, outro advogado da defesa, Adel al Zubeidi, foi assassinado em uma emboscada em Bagdá. Um colega ficou ferido no ataque e deixou o país.

"O objetivo destes atos é amedrontar os advogados e atrapalhar o trabalho da defesa'" afirmou Al Dulaimi. Ao contrário de Al Dulaimi --que se desloca entre Amã, na Jordânia, e Bagdá-- Al Obeidi vivia no Iraque, na região sunita de Azamiyah, ao norte de Bagdá.





Fonte: 24Horas News

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